Arapiraca discute identificação precoce em crianças com microcefalia

Por Ascom 11/05/2016 15h03 - Atualizado em 11/05/2016 18h06
Por Ascom 11/05/2016 15h03 Atualizado em 11/05/2016 18h06
Arapiraca discute identificação precoce em crianças com microcefalia
Foto: Ascom/ Arapiraca
Após a relação entre o zika vírus e a microcefalia, que vem sendo investigada por autoridades médicas de todo o mundo, a discussão ganhou grande espaço nos núcleos onde o Aedes aegypti ataca.

Portador também da dengue e da febre chikungunya, o mosquito é hoje alvo mundial por se proliferar tão facilmente em água parada.

Nesta perspectiva, as famílias estão tendo que encarar bebês que, por vezes, são diagnosticados com microcefalia, condição rara em que o indivíduo nasce com o crânio menor que o normal, sendo isto, em 90% dos casos, associado a um atraso no desenvolvimento neurológico, psíquico e/ou motor.

E dentro da programação da “V Semana 100% Mamãe Bebê”, houve nesta terça-feira (10) a oficina “A Importância da Identificação e Estimulação Precoce em Crianças com Microcefalia na Atenção Básica”, no auditório do Centro de Referência Integrado de Arapiraca (Cria), bairro Santa Edwiges, com presença de profissionais da área.

O evento teve como objetivo fortalecer o cuidado integral à criança com microcefalia através da atuação multiprofissional na Atenção Básica.


 
Houve as palestras “Panorama dos casos de microcefalia notificados no município de Arapiraca”, com a coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Ana Lúcia; e “A estimulação precoce como estratégia de enfrentamento ao atraso no desenvolvimento neuropsicomotor decorrente de microcefalia”, com a psicóloga da Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), Rita Oliveira, a terapeuta ocupacional da APAE, Cristiane Baracho, a fisioterapeuta da Pestalozzi, Mirele Kelly Machado e a fonoaudióloga do Centro de Medicina Física e Reabilitação de Arapiraca (Cemfra), Karine Castro.

No brincar, por exemplo, a criança inicia o seu processo de autoconhecimento, toma contato com a realidade externa e, a partir das relações vinculares, passa a interagir com o mundo. O brinquedo torna-se instrumento de exploração e desenvolvimento de suas capacidades.

A explanação se deu também sobre a “Participação familiar na estimulação precoce”, psicóloga do Núcleo de Apoio em Saúde da Família (Nasf), Girlene Albuquerque; e “O brincar na estimulação precoce”, profissional de Educação Física do Nasf, Michelle Karlla Brito, além de atividades em grupo com discussões e descrição de casos existentes e apresentação das estratégias de cuidado, prestadas pelas equipes, às crianças diagnosticadas com microcefalia, coordenadora do Nasf, Maria Jenise, e a apresentação do fluxo assistencial do município de Arapiraca, com a coordenadora de Atenção à Saúde da Criança, Wilcéia Melo, e coordenadora de Atenção à Saúde da Pessoa com Deficiência, Amanda Bertoldo.