Esculturas de Graciliano Ramos e Aurélio Buarque são inauguradas em Maceió
Na manhã da última segunda-feira (30), foram inauguradas duas esculturas de bronze em homenagem ao escritor Graciliano Ramos e ao dicionarista Aurélio Buarque de Holanda.
As estátuas estão localizadas na enseada da Praia de Pajuçara e à beira-mar da Ponta Verde, locais que representam o cotidiano das duas personalidades alagoanas, quando ainda eram vivas.
O autor das obras é o mineiro Léo Santana, que também é autor da escultura do poeta Carlos Drummond de Andrade instalada no calçadão de Copacabana, no Rio de Janeiro, e pesam juntas 400 quilos.
A escultura de Graciliano, que morreu em 1953, foi reproduzida de pé, como se estivesse caminhando no calçadão. Santana disse que analisou várias fotografias para fazer a estátua, mas escolheu uma foto que ele estava andando para transmitir leveza.
"O bronze já é um material denso. Então fiz Graciliano andando para deixar mais leve. Como aqui também venta muito, ajuda porque fiz as roupas com movimentos. Ele está olhando para a direção onde a cidade começou", explicou.
Luiza Ramos Amado, filha de Graciliano Ramos, esteve presente à inauguração. "É uma homenagem justa. Só tenho a agradecer pelo meu pai".
Para o jornalista Aldálio Dantas, amigo da família Ramos, a homenagem é tardia e o poder público deveria investir mais nas personalidades do estado. "Isso tem o sentido de eternidade. Esse ato pode ser o início do reconhecimento de personagens ilustres".
Durante a cerimônia, o prefeito Rui Palmeira (PSDB) disse que é importante reconhecer pessoas que honraram o nome de Alagoas. "Os alagoanos que passarem por aqui vão lembrar dessas personalidades que representam tão bem o estado internacionalmente. São figuras icônicas".
Aurélio Baiard Buarque Ferreira, filho do lexicógrafo, disse que a escultura foi colocada em um dos locais que Aurélio mais gostava de frequentar. "Ele amava essa terra como ninguém. Mesmo morando fora, todos os anos vinha para cá. Sempre que venho à Ponta Verde e tomo banho nessa praia, eu lembro dele. A estátua é uma segunda razão para eu lembrar do papai.
Só queria que a mamãe estivesse viva para ver isso. Ela faleceu há pouco tempo".
A escultura de Aurélio, que faleceu no final da década de 80, deu mais trabalho ao artista Léo Santana, segundo ele. O motivo são os poucos registros fotográficos que existem da personalidade alagoana. "Espero ter conseguido retratar bem", disse ansioso.
Os fundos para a programação de 200 anos de Maceió, cerca de R$ 1 milhão, serão do Ministério da Cultura. "Os recursos ainda não foram liberados. Nos preocupa por causa da redução do superávit. Então não sabemos se vai ter bloqueio de recurso. Mas caso isso aconteça, vamos buscar pagar com recursos próprios e buscar auxílio nos fornecedores. O que não pode é deixar de comemorar os 200 anos da cidade", disse o prefeito de Maceió, Rui Palmeira.
Clique aqui e confira a matéria original.
As estátuas estão localizadas na enseada da Praia de Pajuçara e à beira-mar da Ponta Verde, locais que representam o cotidiano das duas personalidades alagoanas, quando ainda eram vivas.
O autor das obras é o mineiro Léo Santana, que também é autor da escultura do poeta Carlos Drummond de Andrade instalada no calçadão de Copacabana, no Rio de Janeiro, e pesam juntas 400 quilos.
A escultura de Graciliano, que morreu em 1953, foi reproduzida de pé, como se estivesse caminhando no calçadão. Santana disse que analisou várias fotografias para fazer a estátua, mas escolheu uma foto que ele estava andando para transmitir leveza.
"O bronze já é um material denso. Então fiz Graciliano andando para deixar mais leve. Como aqui também venta muito, ajuda porque fiz as roupas com movimentos. Ele está olhando para a direção onde a cidade começou", explicou.
Luiza Ramos Amado, filha de Graciliano Ramos, esteve presente à inauguração. "É uma homenagem justa. Só tenho a agradecer pelo meu pai".
Para o jornalista Aldálio Dantas, amigo da família Ramos, a homenagem é tardia e o poder público deveria investir mais nas personalidades do estado. "Isso tem o sentido de eternidade. Esse ato pode ser o início do reconhecimento de personagens ilustres".
Durante a cerimônia, o prefeito Rui Palmeira (PSDB) disse que é importante reconhecer pessoas que honraram o nome de Alagoas. "Os alagoanos que passarem por aqui vão lembrar dessas personalidades que representam tão bem o estado internacionalmente. São figuras icônicas".
Aurélio Baiard Buarque Ferreira, filho do lexicógrafo, disse que a escultura foi colocada em um dos locais que Aurélio mais gostava de frequentar. "Ele amava essa terra como ninguém. Mesmo morando fora, todos os anos vinha para cá. Sempre que venho à Ponta Verde e tomo banho nessa praia, eu lembro dele. A estátua é uma segunda razão para eu lembrar do papai.
Só queria que a mamãe estivesse viva para ver isso. Ela faleceu há pouco tempo".
A escultura de Aurélio, que faleceu no final da década de 80, deu mais trabalho ao artista Léo Santana, segundo ele. O motivo são os poucos registros fotográficos que existem da personalidade alagoana. "Espero ter conseguido retratar bem", disse ansioso.
Os fundos para a programação de 200 anos de Maceió, cerca de R$ 1 milhão, serão do Ministério da Cultura. "Os recursos ainda não foram liberados. Nos preocupa por causa da redução do superávit. Então não sabemos se vai ter bloqueio de recurso. Mas caso isso aconteça, vamos buscar pagar com recursos próprios e buscar auxílio nos fornecedores. O que não pode é deixar de comemorar os 200 anos da cidade", disse o prefeito de Maceió, Rui Palmeira.
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