'Eu não estupro você porque não merece', diz Bolsonaro a deputada do PT
O deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) protagonizou, nesta terça-feira (9), mais uma polêmica na Câmara dos Deputados. Ao responder fala anterior da colega Maria do Rosário (PT-RS), ex-ministra dos Direitos Humanos, disse que não a estupraria porque ela não merece.
“Não saia não, Maria do Rosário, fica aí. Fica aí, Maria do Rosário, fica. Há poucos dias, ‘tu’ me chamou de estuprador no Salão Verde, e eu falei que não ia estuprar você porque você não merece. Fica aqui para ouvir!”, bradou Bolsonaro no plenário.
Mas não parou por aí. O parlamentar ainda rebateu, de forma agressiva, a defesa que Rosário fez da Comissão da Verdade – cujo relatório final será entregue na próxima quarta-feira (10) à presidenta Dilma Rousseff (PT) – e das investigações às violações de direitos humanos cometidas pela ditadura militar brasileira. “Comissão da Verdade. Vamos aproveitar e falar um pouquinho sobre o Dia Internacional dos Direitos Humanos. No Brasil, é o dia internacional da vagabundagem. Os direitos humanos no Brasil só defendem bandidos, estupradores, marginais, sequestradores e até corruptos”, declarou.
Bolsonaro atacou, ainda, o governo de Dilma, utilizando, para desqualificá-la, afirmações sobre seus ex-companheiros. “O primeiro marido sequestrou um avião e foi para Cuba, participou da execução do major alemão. O segundo marido confessou publicamente que roubava bancos, pegava armas em quarteis e assaltava caminhões na Baixada Fluminense”, gritou.
O deputado finalizou sua participação na sessão de maneira ainda mais deselegante. “Vai catar coquinho!”, completou, dirigindo-se a Rosário.
Repúdio
Alguns parlamentares já manifestaram repúdio à fala de Bolsonaro. A deputada Manuela D’Ávila (PCdoB-RS) postou nas redes sociais uma nota na qual comunica que seu partido entrará com uma representação contra ele no Conselho de Ética da Casa. “No Congresso, o barco segue como se nada fosse. Um dia sou eu, noutro, a Alice Portugal, noutro, a senadora Vanessa Grazziotin, hoje, a Maria do Rosário. Quando ele diz que ela não merece ser estuprada, diz sublinarmente que 1) algumas mulheres merecem 2) que ele é potencial estuprador”, escreveu.
Jean Wyllys (Psol-RJ) fez, em sua página no Facebook, um apelo. “A Corregedoria e o Conselho de Ética da Câmara dos Deputados não podem mais tolerar os abusos deste deputado viúvo da ditadura militar”, publicou. “O que houve houve foi uma ofensa machista, misógina contra uma deputada de um deputado do qual a gente vem tolerando uma série de abusos nesta Casa”, afirmou, durante sua fala no plenário.
Resposta
Depois da confusão, Maria do Rosário disse querer “distância” de Bolsonaro e informou que pedirá que o comando da Casa o impeça de mencioná-la. A parlamentar declarou, ainda, que considera a atitude do colega “típica de um torturador”.
“Não saia não, Maria do Rosário, fica aí. Fica aí, Maria do Rosário, fica. Há poucos dias, ‘tu’ me chamou de estuprador no Salão Verde, e eu falei que não ia estuprar você porque você não merece. Fica aqui para ouvir!”, bradou Bolsonaro no plenário.
Mas não parou por aí. O parlamentar ainda rebateu, de forma agressiva, a defesa que Rosário fez da Comissão da Verdade – cujo relatório final será entregue na próxima quarta-feira (10) à presidenta Dilma Rousseff (PT) – e das investigações às violações de direitos humanos cometidas pela ditadura militar brasileira. “Comissão da Verdade. Vamos aproveitar e falar um pouquinho sobre o Dia Internacional dos Direitos Humanos. No Brasil, é o dia internacional da vagabundagem. Os direitos humanos no Brasil só defendem bandidos, estupradores, marginais, sequestradores e até corruptos”, declarou.
Bolsonaro atacou, ainda, o governo de Dilma, utilizando, para desqualificá-la, afirmações sobre seus ex-companheiros. “O primeiro marido sequestrou um avião e foi para Cuba, participou da execução do major alemão. O segundo marido confessou publicamente que roubava bancos, pegava armas em quarteis e assaltava caminhões na Baixada Fluminense”, gritou.
O deputado finalizou sua participação na sessão de maneira ainda mais deselegante. “Vai catar coquinho!”, completou, dirigindo-se a Rosário.
Repúdio
Alguns parlamentares já manifestaram repúdio à fala de Bolsonaro. A deputada Manuela D’Ávila (PCdoB-RS) postou nas redes sociais uma nota na qual comunica que seu partido entrará com uma representação contra ele no Conselho de Ética da Casa. “No Congresso, o barco segue como se nada fosse. Um dia sou eu, noutro, a Alice Portugal, noutro, a senadora Vanessa Grazziotin, hoje, a Maria do Rosário. Quando ele diz que ela não merece ser estuprada, diz sublinarmente que 1) algumas mulheres merecem 2) que ele é potencial estuprador”, escreveu.
Jean Wyllys (Psol-RJ) fez, em sua página no Facebook, um apelo. “A Corregedoria e o Conselho de Ética da Câmara dos Deputados não podem mais tolerar os abusos deste deputado viúvo da ditadura militar”, publicou. “O que houve houve foi uma ofensa machista, misógina contra uma deputada de um deputado do qual a gente vem tolerando uma série de abusos nesta Casa”, afirmou, durante sua fala no plenário.
Resposta
Depois da confusão, Maria do Rosário disse querer “distância” de Bolsonaro e informou que pedirá que o comando da Casa o impeça de mencioná-la. A parlamentar declarou, ainda, que considera a atitude do colega “típica de um torturador”.
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