Quadriciclos trafegam em área de preservação ambiental de Piaçabuçu

Por Redação com G1 Alagoas 09/12/2014 11h11
Por Redação com G1 Alagoas 09/12/2014 11h11
Quadriciclos trafegam em área de preservação ambiental de Piaçabuçu
Veículos são flagrados dentro da água, em Maragogi - Foto: Waldson Costa/G1
As Dunas de Piaçabuçu são um grande atrativo turístico na região do Rio São Francisco, em Alagoas. No entanto, como diversas espécies de tartarugas marinhas utilizam o local para realizar a desova, a região é também uma área de proteção ambiental. Por esse motivo, cada turista só pode permanecer nas dunas por, no máximo, duas horas.

Porém, a atividade turística tem crescido tanto no local que as formas de atrair os visitantes estão passando dos limites. Apesar de ser uma área protegida por lei, muitos quadriciclos trafegam pela areia da região, transportando turistas que chegam de catamarã pelo rio e são abordados pelos vendedores do passeio.

A reportagem flagrou até mesmo uma adolescente dirigindo um dos quadriciclos. Os habitantes da região denunciam ainda que, nos fins de semana, a quantidade de veículos no local é ainda maior porque o passeio virou um tipo de comércio para os condutores. Existe até motorista dono de uma frota de quadriciclos.

"Eu só tenho dois [veículos]. Ontem tinha mais de 50 aqui. Quando eles pararem de usar os quadriciclos eu também paro", afirmou o motorista que se identificou apenas como Marco.

Há uma semana, a reportagem do G1denunciou a conduta irregular de motoristas de buggys que estavam invadindo uma área de mar durante o período de maré baixa, em um trecho que compreende as praias de Xaréu e Ponta de Mangue, em Maragogi. Segundo representantes do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), a prática resulta em vários impactos ambientais.

“Há diversos [problemas], desde a compactação da praia à destruição de ninhos de tartarugas ou atropelamento de animais silvestres. Também pode causar a contaminação através de óleo e combustível. Como os veículos ficam mais próximos de ambientes sensíveis, como recifes de corais, os danos podem ser irreversíveis”, relata o gestor da Área de Preservação Ambiental (APA) Costa dos Corais, Paulo Roberto Corrêa.


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