No Maracanã, Flamengo supera o Galo por 2 a 0 e impõe boa vantagem

O Cruzeiro deu um importante passo para decidir a Copa do Brasil. A torcida celeste que foi ao Mineirão nesta quarta-feira, presenciou a vitória da Raposa por 1 a 0, em cima do Santos, placar que garante vantagem para os mineiros, que vão decidir a vaga na grande final da Copa do Brasil com possibilidade de empatar para seguir na disputa do pentacampeonato.

O gol do jogo saiu dos pés do atacante Willian, que aproveitou um corte errado do zagueiro David Braz para mandar a canhota com perfeição, sem chances para Aranha. No confronto da volta, o Cruzeiro pode até perder por um gol de diferença, desde que balance as redes do Peixe. Se o Santos devolver o marcador de 1 a 0, a decisão da vaga será na disputa de pênaltis.

O jogo de volta entre Cruzeiro e Santos acontece na próxima quarta-feira, só que dessa vez, o duelo será realizado na Vila Belmiro. Antes, porém, Raposa e Peixe têm compromissos pelo Brasileiro. No domingo, os celestes recebem o Botafogo, no Mineirão, enquanto os santistas vão receber o Internacional, na Vila Belmiro.

O jogo – Atuando em casa, o Cruzeiro iniciou a partida procurando agredir o Santos, que adotou uma postura cautelosa, preocupado primeiro em não sofrer gols para depois tentar o ataque. Claramente, as equipes jogaram em ritmos diferentes, mas cruzeirenses e santistas tinham objetivos bem definidos dentro da partida.

Para explorar os contra-ataques, o time da Vila Belmiro jogou com atletas rápidos pelos lados do campo. Rildo, Robinho e também Gabriel passaram os 90 minutos atentos para aproveitar uma eventual falha defensiva da Raposa. Já os mineiros dominaram a posse de bola, e a todo o momento tentava acelerar o ritmo em busca da abertura do placar.

No duelo de estratégias, o Cruzeiro foi mais bem sucedido, e aos 11, Willian aproveitou um corte errado de David Braz, e da entrada da área, mandou a canhota com estilo, sem chances para Aranha, explodindo o Mineirão em alegria com a abertura do marcador antes dos 15 minutos iniciais. O gol deu ainda mais moral para os celestes, que acuaram o Peixe no campo de defesa.

Aos 18, o Cruzeiro esteve muito perto de ampliar em nova jogada de Willian, que foi à linha de fundo e cruzou para Júlio Baptista, que chegou um pouco atrasado. Com as rédeas do confronto, os celestes não permitiram ao Santos respirar, irritando o técnico Enderson Moreira, que procurou acertar o posicionamento das peças santistas, sem muito sucesso.

A blitz cruzeirense, com inversão de posições a todo o momento, deixou os visitantes completamente desnorteados no jogo. A Raposa só diminuiu um pouco o ritmo após os 30 minutos, mesmo assim, continuou chegando ao gol de Aranha com perigo, enquanto Fábio praticamente não trabalhou.

Na volta para o segundo tempo, o time da Vila Belmiro corrigiu algumas falhas de posicionamento, e passou a valorizar mais a posse de bola. Com isso, a equipe de Enderson Moreira conseguiu algumas inversões de jogadas, equilibrando o jogo no Mineirão e renovando as esperanças da torcida santista, que marcou presença em Belo Horizonte.

Aos cinco minutos, Gabriel acertou cruzamento na área cruzeirense, mas Lucas Lima, com total liberdade mandou sobre o travessão de Fábio. Os donos da casa tentaram dar a resposta em ataque rápido, chegando a balançar as redes com Willian, a arbitragem, porém, enxergou impedimento na jogada, gerando muitas reclamações no Gigante da Pampulha.

Sabedor da importância de se fazer um gol fora de casa, o Santos passou a atacar mais, com Robinho desperdiçando mais uma boa chance para o Peixe. Marcando melhor as peças criativas do Cruzeiro, a equipe paulista conseguiu fazer uma leitura melhor do jogo, dominando as ações por vários minutos.

Aos 30, Alison aproveitou boa trama ofensiva, mas errou o alvo na hora de finalizar, perdendo mais uma chance para os alvinegros. No fim da partida, o Santos tentou exercer pressão em cima dos celestes, mas o número de finalizações contra a meta de Fábio diminuiu, com os donos da casa segurando a vantagem para o duelo da volta.

No Maracanã, Flamengo supera o Galo por 2 a 0 e impõe boa vantagem

O Flamengo saiu na frente na briga por uma vaga na final da Copa do Brasil. O Rubro-negro da Gávea derrotou o Atlético-MG por 2 a 0, em partida disputada na noite desta quarta-feira, no Maracanã. O time dirigido por Vanderlei Luxemburgo pode até perder o jogo da volta, desde que seja por diferença de um gol, em Belo Horizonte, para garantir o seu lugar na decisão. O Galo precisa vencer por dois tentos de diferença para se classificar. As redes balançadas pela equipe rubro-negra couberam a Cáceres e Chicão (de pênalti), na etapa final.

O resultado fez inteira justiça ao melhor desempenho do time dirigido por Vanderlei Luxemburgo. O Flamengo foi melhor durante toda a partida e poderia até ter alcançado um resultado mais expressivo, se não tivesse se defrontado com o goleiro Victor, em grande noite. O Atlético-MG mostrou um futebol irregular e só decidiu partir para o ataque depois de sofrer o segundo gol.

O jogo

O Flamengo começou a partida em ritmo alucinante. E logo no primeiro minuto, fez sua torcida se agitar. Everton fez ótimo passe para Eduardo da Silva que, diante de Victor, tentou colocar no canto, mas o goleiro atleticano, de forma espetacular, desviou com a ponta dos dedos, salvando a sua equipe. O Galo ficou assustado e só aos cinco minutos é que conseguiu chegar na área rubro-negra, em cobrança de falta, mas Paulo Victor saiu bem e tirou o perigo da sua área.

Depois dos primeiros minutos de sufoco, a equipe mineira começou a se organizar melhor dentro de campo. Aos 11 minutos, Pierre desarmou Cáceres e lançou Diego Tardelli, mas o chute do atacante foi facilmente defendido por Paulo Victor.

O Flamengo respondeu, aos 15 minutos. Canteros fez ótimo lançamento para Léo Moura que investiu pela direita e cruzou. Márcio Araújo tentou completar, de letra, mas a bola saiu fraca e facilitou a defesa de Victor.

O time dirigido por Vanderlei Luxemburgo continuava melhor em campo. E, aos 17 minutos, o ataque rubro-negro desperdiçou mais uma boa chance. Léo Moura cruzou da direita e Gabriel, sem marcação, não conseguiu alcançar a bola.

O Galo não conseguia bloquear o adversário nem sair no contra-ataque, limitando-se a defender, sem muita criatividade, para sair do cerco imposto pela equipe carioca.

Aos 20 minutos, Victor salvou o Galo outra vez. Ele saiu com precisão e impediu que o chute de Everton, que entrou livre, ganhasse o caminho do gol.

O Atlético melhorou de produção e até passou a ficar mais tempo com a posse de bola, mas não conseguia criar jogadas ofensivas. A forte marcação sobre Diego Tardelli impedia que o atacante recebesse passes em boas condições para concluir. Para poder participar do jogo, Tardelli era obrigado a sair da área e facilitava a tarefa defensiva da equipe carioca. Muito recuados, Josué e Pierre faziam apenas funções defensivas e prejudicavam a organização tática da equipe dirigida por Levir Culpi.

Aos 27 minutos, o Flamengo criou nova chance. Márcio Araújo recebeu livre na direita e cruzou. O zagueiro Jemerson tentou rebater e mandou a bola contra seu gol. Mais uma vez, Victor apareceu, de forma especular, e evitou o primeiro gol do Flamengo.
O domínio rubro-negro era total. Aos 35 minutos, o zagueiro Chicão fez ligação direta para Eduardo da Silva que emenda, de primeira, mas a bola encobriu o travessão.

Só aos 40 minutos é que o Galo fez a sua torcida levantar no Maracanã. Diego Tardelli fez cruzamento perfeito para o lateral Marcos Rocha que cabeceou com grande perigo, diante de Paulo Victor, inteiramente fora do lance. O lance animou o Galo e, aos 45 minutos, novamente Marcos Rocha chutou com grande perigo, mas a bola saiu.

O segundo tempo começou de forma complicada para o Flamengo. Antes do primeiro minuto, o zagueiro Chicão recebeu cartão amarelo por falta sobre Tardelli e o goleiro Paulo Victor saiu mal, em cobrança de falta, e quase permitiu que Diego Tardelli tivesse condições de concluir para o gol vazio, mas o atacante chegou atrasado.

Insatisfeito com o mau começo da equipe na segunda etapa, o técnico Vanderlei Luxemburgo nem esperou o tempo passar e colocou o atacante Nixon no lugar de Eduardo da Silva. Antes que a substituição fosse efetuada, o Flamengo desperdiçou uma ótima chance para marcar. Aos 12 minutos, após lançamento na área, Léo Moura ajeitou, de cabeça, para Gabriel que cabeceou com muito perigo. A pressão carioca continuou e, aos 15 minutos, a equipe da Gávea marcou. João Paulo carimbou o travessão de Victor, em cobrança de falta. Gabriel apanhou o rebote e cruzou para a cabeçada certeira do volante Cáceres.

Levir Culpi colocou Luan e Marion em campo, tentando tornar a equipe mais ofensiva. Logo depois de estabelecer a vantagem, o técnico Vanderlei Luxemburgo perdeu o meia Everton, com lesão muscular. Logo depois, o Galo perdeu o lateral-esquerdo Douglas Santos, tambem por lesão muscular.

Aos 33 minutos, o Flamengo ampliou. Gabriel fez grande jogada individual, passando por Marcos Rocha e Edcarlos. Dentro da área foi derrubado por Josué. Pênalti que Chicão converteu, batendo no canto direito de Victor que saltou, mas não conseguiu impedir que a bola entrasse.

Sem outra alternativa, a equipe mineira partiu para o ataque e poderia ter descontado, aos 37 minutos. Maicosuel mandou uma bomba de fora da área e Paulo Victor espalmou. Marion completou e o goleiro do Flamengo fez outra grande defesa.

Nos minutos finais, o Galo pressionou em busca de um gol, mas o Flamengo soube se defender e garantir o importante resultado.