83 anos sem títulos do Campeonato Luxemburguês foi o longo jejum que terminou para o Fola Esch na quarta-feira passada. E o time da cidade de Esch-sur-Alzette selou o tão aguardado triunfo derrotando os rivais locais do Jeunesse por 5 a 1, resultado que garantiu a taça com uma rodada de antecipação. O Jeunesse venceu 27 das suas 28 ligas nacionais no tempo que o Fola levou para chegar à quinta, após as quatro vencidas entre 1918 e 1930. No entanto, existem clubes que precisaram esperar ainda mais. O norte-irlandês Cliftonville, por exemplo, amargou 88 anos entre os canecos de 1910 e 1998, enquanto 96 primaveras se passaram de 1904 até o Sankt Gallen voltar a ser campeão suíço em 2000.

6 edições seguidas do Campeonato Sérvio foram vencidas pelo Partizan de Belgrado com a confirmação do título na quarta-feira, após a vitória de 2 a 0 sobre o lanterna Smederevo na penúltima rodada. E esse hexacampeonato tem um significado todo especial para a torcida do Partizan, já que o clube acabou igualando o recorde de 25 do arquirrival Estrela Vermelha. Além disso, o Partizan também pode se gabar de ter conquistado o dobro de títulos nacionais que o Estrela Vermelha desde a desintegração da Iugoslávia, em 1991. Agora são 14 contra sete.

5 das últimas 16 edições da Copa da Itália foram conquistadas pela Lazio, que se transforma assim no maior vencedor da competição no período. O mais recente triunfo foi comemorado no domingo e talvez tenha sido o mais saboroso dentre eles, já que foi decidido contra a rival Roma. Aliás, foi a primeira vez nos 91 anos de história do torneio que as duas equipes da capital italiana disputaram a final, e apenas a terceira que um dérbi municipal definiu o destino da taça, após Juventus e Torino em 1938 e um Milan x Inter de 1977. A Lazio foi campeã graças a um gol solitário do bósnio Senad Lulic, que nunca havia estufado as redes da Roma em três temporadas com os Biancocelesti. Para os romanistas, o consolo é que, ao lado da Juve, o time ainda é o recordista em número de títulos da Copa da Itália, com nove, contra seis da Lazio. A Roma também domina as cifras do clássico da Cidade Eterna, com 57 vitórias contra 43.

4 treinadores podem se orgulhar de terem sido campeões europeus com dois clubes diferentes desde o último sábado, quando Jupp Heynckes levou o Bayern de Munique à consagração continental na decisão da UEFA Champions League em Londres. Em 1998, o técnico de 68 anos havia conquistado o torneio com o Real Madrid, e agora ele faz parte da seleta lista composta por Ernst Happel (Feyenoord e Hamburgo), Ottmar Hitzfeld (Borussia Dortmund e Bayern de Munique) e José Mourinho (FC Porto e Inter de Milão). Com a vitória em Wembley, o Bayern chegou ao quinto título europeu e se igualou ao Liverpool como a terceira equipe mais vitoriosa da competição, encurtando também a distância para Milan (7) e Real Madrid (9). O time bávaro vem batendo recordes na atual temporada e, com os títulos do Campeonato Alemão e da Champions já assegurados, agora terá a chance de se transformar no primeiro clube do país a conquistar uma tríplice coroa, caso vença o Stuttgart na final da Copa da Alemanha no próximo sábado. Além disso, seis atletas do Bayern finalmente ergueram a taça mais cobiçada da Europa: Mario Gomez, Philipp Lahm, Thomas Müller, Arjen Robben, Bastian Schweinsteiger e Daniel Van Buyten estavam nas equipes derrotadas nas decisões de 2010 e 2012.

2 gols de desvantagem na soma dos placares, um jogador a menos e 44 minutos do segundo tempo indicados no cronômetro: esta era a situação desesperadora do América no segundo jogo da decisão do Campeonato Mexicano contra o Cruz Azul, no último domingo. Surpreendentemente, porém, o time da capital asteca conseguiu empatar o confronto no penúltimo minuto do tempo regulamentar e virou já nos acréscimos, forçando a prorrogação. Ninguém balançou as redes na meia-hora seguinte, e foi o América quem controlou os nervos para vencer por 4 a 2 nos pênaltis e conquistar o título de forma sensacional. Este foi o 11º triunfo do clube desde a introdução do futebol profissional no México, em 1943, feito que iguala o recorde nacional do Chivas Guadalajara.