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Isnaldo Bulhões critica Arthur Lira, fala em “saudade do poder” e sai em defesa de Hugo Motta na Câmara
O líder do MDB na Câmara dos Deputados, Isnaldo Bulhões, fez duras críticas ao ex-presidente da Casa, Arthur Lira (PP), afirmou que o deputado demonstra “saudade” do cargo e defendeu a condução do atual presidente, Hugo Motta (Republicanos).
Em entrevista ao jornal O Globo, publicada no domingo, 14, Isnaldo Bulhões analisou o ambiente político no Congresso, comentou decisões recentes do Supremo Tribunal Federal (STF) e avaliou os desafios da relação entre o governo Lula e o Legislativo.
Ao comentar a tentativa de cassação do deputado Glauber Braga (PSOL), Bulhões afirmou que a iniciativa não teve base objetiva e foi motivada por interesse pessoal. Segundo ele, “a cassação virou um capricho de Arthur Lira”, que precisaria compreender que não ocupa mais a presidência da Câmara. O líder do MDB ressaltou que Hugo Motta agiu corretamente ao pautar o tema e permitir que o colegiado decidisse. Para Bulhões, não houve derrota da atual gestão da Casa, mas sim de quem tentou conduzir o processo por vontade própria, e não por fatos concretos.
O parlamentar também rebateu críticas feitas por Arthur Lira à condução de Hugo Motta, especialmente em relação à escuta de um número mais restrito de líderes partidários. Bulhões afirmou que o presidente da Câmara está agindo de forma correta e que falta respeito à condução de cada gestão. Para ele, o mandato de Lira se encerrou e é preciso reconhecer a legitimidade das decisões da atual presidência.
Ao avaliar os recentes atritos entre os Poderes, intensificados após decisões do STF, como a cassação da deputada Carla Zambelli, Isnaldo Bulhões adotou um tom conciliador. Segundo o deputado, Hugo Motta levou o caso ao plenário sem confronto com o Supremo, demonstrando que há espaço para diálogo e entendimento institucional. Para o líder do MDB, a política envolve dinâmicas próprias e acordos são possíveis sem a necessidade de embates diretos.
Questionado sobre investigações da Polícia Federal envolvendo parlamentares e uma ex-assessora ligada à Câmara, Bulhões minimizou qualquer risco de crise institucional. Ele afirmou que, havendo fundamentos legais, as investigações devem ocorrer dentro da Constituição e das leis, sem que isso represente instabilidade entre os Poderes.
Na pauta econômica, o deputado avaliou que o principal desafio do governo Lula não é o tempo para votar projetos fiscais antes da votação do Orçamento, mas sim a construção de consenso no Congresso. Segundo Bulhões, se houver acordo político, o calendário deixa de ser um obstáculo. Ele citou como exemplos temas sensíveis como a revisão de renúncias fiscais, o Juro sobre Capital Próprio (JCP) e a taxação de apostas.
Sobre o aumento da influência do Congresso na definição do Orçamento, Bulhões considerou o movimento legítimo. Para ele, os parlamentares conhecem de perto as necessidades da população e, ao mesmo tempo, é possível compreender a posição do presidente da República. O líder do MDB afirmou não enxergar uma queda de braço entre os Poderes nesse tema.
Por fim, Isnaldo Bulhões apontou falhas na articulação política do Palácio do Planalto. Embora tenha reconhecido o esforço da ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, o deputado defendeu uma atuação mais integrada com a Casa Civil. Segundo ele, a Esplanada dos Ministérios precisa ouvir mais a Secretaria de Relações Institucionais, se aproximar do Congresso e investir no diálogo para construir soluções comuns.
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