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Campanha do Governo de Alagoas viraliza ao resgatar personagens icônicos da Grande Maceió
A campanha institucional produzida pela Secretaria de Estado da Comunicação (Secom) sobre o plano “Alagoas Faz a Grande Maceió Maior” já apresenta números robustos na repercussão do anúncio feito pelo Governo de Alagoas, do maior pacote de investimentos já destinado à Região Metropolitana: R$ 5 bilhões em obras e serviços estruturais. Em sete dias, a campanha já ultrapassa os 2,5 milhões de visualizações no Instagram e no YouTube.
Parte desse sucesso pode ser explicada pela escolha certeira dos personagens que dão vida à narrativa e ativam a memória afetiva dos moradores desses municípios. Na Rua Melo Morais, Levada, fica uma dessas personalidades icônicas: Genésio Rodrigues, 80 anos, o “Galego do Veneno”.
Refestelado numa cadeira de praia, com as pernas para o alto e um sorriso metálico e largo, ele projeta a voz com o auxílio de um prosaico sistema de som, composto por microfone, amplificador e corneta. “Venha, venha na carreira; venha correndo, mas com o dinheiro na mão. Só que tem que pegar na fila e esperar que eu vou atender todo mundo”, anuncia o Galego do Veneno, mesmo sem nenhuma “alma” perfilada.
Com 80 anos de idade, Genésio vende veneno para exterminar ratos e insetos no mesmo local, à margem da linha férrea, há pelo menos meio século. A voz frenética acompanha o ritmo acelerado do Centro da cidade, no entorno do Mercado do Artesanato.
“Ele já é considerado um patrimônio”, sustenta o chefe de cozinha aposentado João Soares de Almeida Neto. “Minha infância foi toda corrida nessa rua, que se chamava Rua do Apolo. Eu estudava na Escola Tomás Espíndola e, quando vinha de casa, ele sempre estava aqui. Hoje estou com 65 anos e ele faz parte desse contexto, da minha história”, reforçou.
Outra figura bastante conhecida do Centro de Maceió e que integra a campanha publicitária é o ator João Honorato da Silva, 72 anos. Ele ganhou fama fazendo o cover de Roberto Carlos, mas já interpretou o Chaves, foi palhaço, cantou em barzinhos e trabalhou como contador.
“Vi que não dava para continuar com contabilidade. Eu vou vender pipoca, eu vou vender banana, eu vou ser palhaço, eu faço qualquer coisa, mas eu não nasci para ser contador”, contou Honorato, que desde 2002 atua interpretando o “Rei”, como Roberto Carloso alagoano de Viçosa atrai clientes para as empresas que o contratam. Começou em uma loja de tecidos, passou por uma de colchões e agora trabalha para uma rede especializada em oferecer soluções de crédito.
Honorato diz que recebeu com alegria o convite para atuar na peça publicitária do Governo do Estado e que a exposição já lhe rendeu outras propostas extras de trabalho.
“A forma como o diretor me conduziu ficou bacana, eu gostei. Por onde eu passo, é a maior resenha. As pessoas dizem: ‘Ei, Roberto, vi você na TV’. Eles ligam para mim, mandam zap. Ah, e depois que aconteceu a propaganda, eu já recebi, esta semana, uns quatro contatos para fazer show”, revelou, sem esconder as emoções, que já são tantas em quase 30 anos de carreira.
“Não precisa você ser doutor para viver bem. Você precisa é fazer o que você faz bem. Porque, fazendo o que você faz bem, você vive bem. O importante não é ter muito para deixar, é ter muito para lembrar”, ensina.
Com o bordão “Thu, thu, thu, pá!”, o baiano de Candeias, Jorge Epifânio de Jesus, 62 anos, também vibrou com o convite para fazer parte da peça publicitária. Há 30 anos em Alagoas, ele já trabalhou como mecânico e atualmente atua como locutor e garoto-propaganda de uma loja de tecidos.
“Eu não esperava (o convite), então isso aí deve ser o retorno do trabalho, né?”, pondera Jorge. “Eu sou uma pessoa muito na minha, deixo que as coisas venham acontecer. Então a oportunidade veio e eu fiquei muito feliz”, completou, acrescentando que, para além da propaganda institucional, a peça publicitária valoriza e homenageia o trabalho de todos os profissionais envolvidos.
Já a atriz Carmen Lúcia Alves Freire deu vida à Ambrosina Maria da Conceição, a “Miss Paripueira”, figura marcante de Alagoas e que se tornou ícone cultural do estado, conhecida por suas roupas coloridas e acessórios extravagantes. Com 33 anos de teatro, Carmen revela que nunca pensou em um dia interpretar uma personagem tão icônica como a Miss Paripueira.
“Interpretar a Miss Paripueira foi uma satisfação pra mim e um desafio. Ela foi uma figura emblemática, folclórica, que deixou sua marca registrada. Então foi divertido construir, lembrar como ela era: os trejeitos que fazia no andado, no comportamento físico. Foi muito legal e diferente”, contou Carmen, que, como contadora de histórias, é conhecida como “Tia Cacau”.
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