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“E se eu disser que os aposentados e pensionistas brasileiros continuam sendo roubados?”, alerta Alfredo Gaspar sobre fraudes em empréstimos consignados via INSS

O avanço das investigações da CPMI do INSS revelou que o golpe contra aposentados e pensionistas pode ser ainda mais profundo do que se imaginava. As irregularidades envolvendo descontos associativos fraudulentos e contratos de empréstimos consignados acenderam um alerta no relator da Comissão, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), sobre o descontrole e a falta de fiscalização em um dos setores mais sensíveis do sistema previdenciário brasileiro.
Durante sessão na última semana, o parlamentar fez um apelo direto ao ministro-chefe da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinícius Marques de Carvalho, para que fossem suspensos imediatamente os contratos de consignados firmados com entidades sob investigação, até a conclusão das apurações. O pedido, entretanto, foi negado.
Alfredo Gaspar alertou que, mesmo com a CPMI em andamento, o roubo aos aposentados continua ocorrendo e pode estar sendo ampliado pelos juros abusivos dos empréstimos consignados. “E se eu disser que os aposentados e pensionistas brasileiros continuam sendo roubados? E se eu disser que, enquanto esta CPMI trabalha para revelar o esquema, há cerca de 90 acordos de cooperação técnica ainda vigentes? A própria CGU, em auditoria anterior, já constatou que o prejuízo é muito maior por causa dos juros sobre juros dos empréstimos consignados. Estamos diante de um roubo monstruoso e continuado contra os mais vulneráveis, e não há tempo a perder”, afirmou.
O deputado reforçou o pedido de uma ação urgente. “Faço um apelo à CGU: que suspenda imediatamente esses acordos com os bancos até termos uma radiografia completa do tamanho do problema. O senhor disse que nunca havia sido alertado antes, então, estou alertando agora. O povo brasileiro está sendo roubado em tempo real”, disparou Alfredo Gaspar ao ministro da CGU.
Em resposta, o ministro Vinícius Marques de Carvalho afirmou que a CGU ainda realiza estudos sobre o tema e que eventuais medidas só serão adotadas após a conclusão da análise técnica. “Assim que tivermos resultados que confirmem essas suspeitas e, se houver necessidade de uma medida cautelar, não tenho dúvida de que nossos auditores saberão agir. Agora, não podemos suspender esses contratos”, disse o ministro.
O relator, no entanto, reforçou que a gravidade já é conhecida e que o momento exige ação, não espera. “A CGU já identificou a seriedade do problema em relatórios anteriores. O que pergunto é: por que não agir antes da porteira arrombada? Suspender os acordos agora evitaria que o roubo continuasse. Eu só quero dizer que, nesta data, 2 de outubro de 2025, pedi ao ministro da CGU a suspensão cautelar das ACTs dos bancos, que são vilões muito maiores do que as associações, e que a gente poderia evitar esse crime de forma continuada até fazer esse encontro de contas”, completou Alfredo Gaspar.
A CPMI do INSS segue ouvindo testemunhas e analisando documentos sigilosos, e deve aprofundar as investigações sobre quem lucrou e quem se beneficiou com o roubo aos aposentados e pensionistas brasileiros, trazendo à tona o que pode ser uma das maiores fraudes da história recente da Previdência Social.

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