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Estudantes da UFAL relatam coação, intimidação e precariedade no transporte da Prefeitura de Palmeira dos Índios

Estudantes da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), que residem em Palmeira dos Índios e dependem do transporte público oferecido pela Prefeitura, denunciaram, ao Portal Já É Notícia, nesta quinta-feira, 11, alguns episódios de coação, intimidação e violência psicológica por parte de motoristas e fiscais do serviço. Segundo a denúncia, os casos de coação estão ocorrendo há algum tempo, desde o começo da gestão da prefeita Tia Júlia, mas o problema mais grave teria ocorrido na noite de quarta-feira, 10, com uma das estudantes.
Segundo relatos, uma aluna questionou o atraso e a lentidão do veículo, pedindo que o motorista conduzisse um pouco mais rápido, para evitar prejuízos acadêmicos. O que poderia ter sido resolvido com tranquilidade se transformou em um momento de constrangimento, quando o motorista e um fiscal se aproximaram de forma grosseira e agressiva, deixando claro que a resposta era dirigida unicamente a ela. A estudante afirma ter se sentido amedrontada, emocionalmente abalada e sem condições de manter a tranquilidade necessária para suas atividades acadêmicas ao chegar à faculdade.
Outros estudantes confirmaram a intimidação, inclusive em vídeos divulgados à imprensa e nas redes sociais. Ainda conforme a denúncia, quando um aluno do sexo masculino tentou intervir, a postura agressiva foi imediatamente suavizada. O que reforçaria o caráter discriminatório e machista da abordagem à estudante. Esse padrão, segundo as denúncias, não é isolado. Na noite anterior, outra aluna já havia sido coagida por um gerente do transporte, em circunstâncias semelhantes.
Além da violência psicológica, os universitários apontam a precariedade estrutural do transporte. Muitos estudantes têm sido prejudicados pela demora na emissão das carteirinhas, pela falta de vagas e até pela ausência de veículos em determinados horários, fatores que resultam na evasão de jovens do ensino superior. O procedimento abusivo de retenção das carteirinhas durante todo o trajeto também foi criticado, por expor os alunos a humilhações e constrangimentos, sem qualquer justificativa legal.
Ao fazer a denúncia, os estudantes ressaltaram que o direito constitucional à educação, previsto nos artigos 205 e 208 da Constituição Federal e no Estatuto da Juventude (Lei nº 12.852/2013, art. 32), vem sendo sistematicamente violado pela ausência de transporte digno, seguro e respeitoso por parte da Prefeitura de Palmeira dos Índios.
“Chega de intimidação. Transporte digno e respeitoso é nosso direito”, reforça a nota dos estuantes, enviada ao Portal Já É Notícia, que também pede providências imediatas da Secretaria de Transporte e da gestão da prefeita Tia Júlia.
A reportagem entrou em contato com a assessoria da Prefeitura de Palmeira dos Índios para esclarecer o assunto e dar as devidas e necessárias explicações aos estudantes, mas até o fechamento deste matéria, a assessoria não retornou o contato.

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