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Prefeitura de Palmeira não envia representante para audiência pública com técnicos da Equatorial
A ausência de um representante da Prefeitura de Palmeira dos Índios foi o que mais chamou a atenção na audiência pública realizada na manhã desta quarta-feira (22), no Plenário da Câmara Municipal. Em debate, o descontentamento da população sobre a prestação de serviço da Equatorial Alagoas.
Apesar dos convites encaminhados a prefeita Júlia Duarte, a secretários e subsecretários, ninguém do Poder Executivo compareceu. A participação de alguém representante da prefeitura era muito aguardada, uma vez que a audiência foi requerida com o objetivo de tentar buscar, junto ao Poder Público Municipal e a Câmara de Vereadores, uma solução para os transtornos causados pelas falhas na distribuição de energia elétrica em Palmeira.
O não comparecimento da Administração Municipal gerou várias manifestações, tanto de vereadores, quanto da população presente.
“É uma falta de respeito com a população. Isso é um descaso dessa administração com os palmeirenses; poderiam ter enviado ao menos um representante”, desabafou o vereador Geraldo Ribeiro.
“Se pode haver algum tipo de acordo ou termo de ajustamento com a Equatorial, caberia a administração municipal intervir”, completou o vereador Gileninho Sampaio.
Audiência Pública
A audiência pública, promovida pela Câmara de Vereadores de Palmeira dos Índios, expôs um panorama crítico relativo à qualidade do serviço elétrico fornecido pela Equatorial. A mobilização significativa da comunidade, representada por lideranças locais como Edvaldo Pereira, Luciano Rey, Ailta Rodrigues, Marinho e a ex-vereadora Adelaide França, evidencia o considerável descontentamento generalizado e a urgência de medidas resolutivas.
O depoimento de Edvaldo Pereira sobre as 48 horas sem energia no bairro São Luiz e a ausência de um ponto de atendimento local sublinham o impacto direto e desfavorável das falhas no fornecimento elétrico sobre a vida dos residentes.
“Não é admissível não termos um atendimento na cidade para emergências como a falta de energia, passamos 48h no bairro São Luiz sem assistência devido a um adaptador”, relatou Pereira.
A presença da ex-vereadora Adelaide França reforça a percepção de que os problemas com a Equatorial são longínquos e requerem soluções concretas e duradouras.
“Há exatamente um ano, estávamos solicitando melhorias em uma audiência pública, e hoje me sinto satisfeita ao ver a população engajada”, afirmou.
O compromisso enunciado pelo gerente de relacionamento Paulo Guimarães em “tentar solucionar” as queixas é considerado impreciso e necessita de prazos e medidas concretas.
“Saímos daqui esperançosos para sanar a situação, colhemos respostas aos abusos da Equatorial que solicitamos. Cabe agora esperar o posicionamento da concessionária”, declarou o vereador Geraldo Ribeiro.
É de extrema importância que a Câmara monitore com atenção as ações da Equatorial, exigindo prazos claros e resultados tangíveis. A constituição de um grupo de trabalho formado por membros da Câmara, Equatorial e sociedade civil pode facilitar a busca por soluções mais eficientes e sustentáveis.
“O Legislativo e a população se reunirão novamente com representantes da Equatorial para verificar os progressos em 26 de fevereiro. Caso contrário, a Câmara pode adotar medidas como a formação de uma comissão especial para supervisionar a situação, realizar novas audiências públicas e encaminhar representações aos órgãos de defesa do consumidor”, pontuou Madson Monteiro.
A diversidade dos participantes na audiência, incluindo os vereadores Madson Monteiro, Gileninho Sampaio, Helenildo Neto, Geraldinho Ribeiro, Sidny Targino, Jânio Marques, Kall Melo, além da ex-vereadora Adelaide França e do público em geral, demonstra a importância desta questão para a cidade de Palmeira dos Índios.
A participação efetiva da sociedade civil enriqueceu o debate, ressaltando a necessidade de respostas urgentes aos desafios relacionados ao fornecimento elétrico.
Paulo Marcello
Natural de São Paulo (SP), é radialista profissional desde 1988, animador de eventos, mestre de cerimônias e DJ. Reside em Arapiraca (AL), onde apura os bastidores da política alagoana.
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