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Após Lira ser derrotado pelo STF e tentar barrar PEC da transição, aliados de Lula articulam para derrota-lo na disputa pela presidência da Câmara

Por Política em Pauta com Mônica Bergamo/Folhapress 20/12/2022 14h02 - Atualizado em 20/12/2022 15h03
Por Política em Pauta com Mônica Bergamo/Folhapress 20/12/2022 14h02 Atualizado em 20/12/2022 15h03
Após Lira ser derrotado pelo STF e tentar barrar PEC da transição, aliados de Lula articulam para derrota-lo na disputa pela presidência da Câmara
Arthur Lira - Foto: Divulgação

As ultimas semanas não estão sendo fáceis para os anseios do deputado federal por Alagoas, Arthur Lira (PP). Só da semana passada para cá, o deputado viu a legalidade do chamado "Orçamento Secreto" ir pelo ralo, após votação do Supremo Tribunal Federal (STF) e teve o pedido de indicação de alguém seu ao Ministério da Saúde negado pelo presidente eleito, Lula (PT).

Com a recusa do presidente eleito em indicar uma pessoa de Lira para a Pasta, uma das mais importantes do Governo Federal, Lira tenta barrar a votação da PEC da Transição, o que desagradou a ala de aliados do PT e pode ser um tiro no pé do presidente da Câmara Federal.

No domingo, 18, depois da decisão do ministro Gilmar Mendes que permitir que o Bolsa Família seja excluído do teto de gastos, Lira demonstrava tensão, telefonando para parlamentares do PT para tentar entender o que aconteceu.

Com a vitória de Lula nas urnas, Lira tentou aproximação com o presidente eleito em busca de apoio para se manter presidente da Câmara, apoio que logo em seguida foi declarado pelo PT. Porém, com a nova postura de Lira, a base politica de Lula já articula um nome de peso para fazer frente a ele, mesmo sem o aval de Lula.

 Gilmar Mendes decidiu sobre ação apresentada pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). Embora pública, a iniciativa do parlamentar não foi divulgada, e o desenlace pegou Lira de surpresa.

Nos telefonemas aos petistas, ele manifestava a desconfiança de que a equipe de Lula já sabia dos movimentos de Randolfe, e que até mesmo tinha apoiado o senador.

A votação da presidência da Câmara está marcada para ocorrer em fevereiro, logo após os deputados eleitos assumirem seus respectivos cargos.

Entre os nomes ventilados para a disputa contra Lira estão os de Marina Silva (Rede) e Guilherme Boulos (PSOL), por exemplo, e também o de Luciano Bivar, que preside o União Brasil.