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Caso Braskem: para maioria, indenização é insuficiente para compra de novo imóvel
Mesmo após o pagamento de R$2,9 bilhões em indenizações, a maioria dos afetados pelas rachaduras na capital alagoana (45%) diz que o valor não será suficiente para a compra de um novo imóvel.
Isso porque, o mercado imobiliário de Maceió continua sendo afetado pelo choque de oferta Braskem. A conclusão é do estudo “Mercado Imobiliário em Alagoas: Cenário e Oportunidades para 2023”.
O trabalho, realizado em conjunto entre a Mercatus e o escritório de investment banking SG Capital, já havia sido apresentado em primeira mão no evento Mercatus Imobi 2022, em novembro, e foi lançado oficialmente para o público nesta sexta-feira (16).
Segundo o economista e coordenador da pesquisa, Manoel de Arruda, é notório que os preços dos imóveis em Maceió estão elevados, e parte disso vem dos danos em alguns bairros da cidade, que precisaram ser evacuados devido ao afundamento pela extração de sal-gema realizada pela empresa.
“Seja restringindo a quantidade de imóveis ofertados, porque esses imóveis deixaram de poder ser utilizados, seja pelo aporte de dinheiro das compensações. Como [a Braskem] colocou mais dinheiro na capital, mais dinheiro nesse mercado, os preços se elevaram”, explica.
Para onde foram esses moradores?
A pesquisa, que entrevistou antigos moradores dos bairros afetados, revelou que a maioria se mudou para bairros relativamente próximos ao local evacuado, apesar do desejo de parte dos entrevistados em morar em bairros afastados do ocorrido (26%). A maioria (36%) prioriza o preço do imóvel ao pesquisar novos locais para morar.
Barro Duro (26%) e Farol (23%) ocupam os primeiros lugares na lista de bairros ocupados por essas pessoas atualmente.
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