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Sindicato e Federação dos jornalistas publicam nota de repúdio a Fernando Collor

Por Política em Pauta 07/09/2022 16h04
Por Política em Pauta 07/09/2022 16h04
Sindicato e Federação dos jornalistas publicam nota de repúdio a Fernando Collor
Collor e TV Gazeta - Foto: Divulgação

O Sindicato dos Jornalistas de Alagoas (SINDJORNAL) e a Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) emitiram, na última terça-feira, 06, uma nota de repúdio ao senador e candidato a governador de Alagoas, Fernando Collor (PTB).

Collor utilizou o debate dos candidatos ao Governo do Estado, ocorrido na TV Mar, na última segunda-feira, 05, para afirmar que “piso salarial dos jornalistas em Alagoas é o maior do Brasil, graças a ação da Organização Arnonde Mello (OAM).”

A fala do senador causou repúdio, tanto por se tratar de uma informação falsa, quanto pelo fato que inúmeros jornalistas do Estado estão sem receber as devidas verbas trabalhistas após serem demitidos da OAM, a qual Collor é proprietário.

"O SINDJORNAL lembra que o senador Collor é, na verdade, o principal o responsável por um dos maiores calotes da história recente do país, aplicado em centenas de trabalhadores da Organização Arnon de Melo, alguns dos quais esperam, sem previsão de pagamento, há quatroanos. Esses jornalistas aguardam o recebimento de suas verbas indenizatórias, seus FGTS e outros direitos negados pela OAM, após serem demitidos sem justa causa graças aos desmandos administrativos que o senador tenta esconder e que, por pouco, não conduzem a empresa à falência.", disse a nota do Sindjornal em parceria com a Fenaj.

A nota de repúdio ainda ressaltou que a OAM, foi a principal responsável por desencadear a maior greve já realizada no Brasil por jornalistas, quando, em 2019, ela propôs, juntamente a outras empresas de comunicação, a redução salarial de 40% do piso salarial dos jornalistas.

Veja a nota na íntegra

O Sindicato dos Jornalistas de Alagoas (SINDJORNAL) e a Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) vêm a público repudiar veementemente a postura do senador Fernando Collor de Mello durante o debate realizado pela TV Mar, no último dia 5 de setembro. O candidato Collor, ao ser indagado sobre emprego e direito dos trabalhadores, faltou com a verdade ao dizer que o “piso salarial dos jornalistas em Alagoas é o maior do Brasil, graças a ação da Organização Arnon

de Mello (OAM).”

O SINDJORNAL lembra que o senador Collor é, na verdade, o principal o responsável por um dos maiores calotes da história recente do país, aplicado em centenas de trabalhadores da Organização Arnon de Melo, alguns dos quais esperam, sem previsão de pagamento, há quatro
anos. Esses jornalistas aguardam o recebimento de suas verbas indenizatórias, seus FGTS e outros direitos negados pela OAM, após serem demitidos sem justa causa graças aos desmandos administrativos que o senador tenta esconder e que, por pouco, não conduzem a empresa à falência.

A empresa de Collor foi uma das principais responsáveis pela maior greve já realizada no Brasil por jornalistas, quando, em 2019, ela propôs, juntamente a outras empresas de comunicação, a redução salarial de 40% do piso salarial dos jornalistas. Tentativa essa que só não foi posta em
prática graças às manifestações corajosas dos jornalistas, liderados pelo SINDJORNAL, e à decisão da Justiça do Trabalho, em favor da categoria. Foi por conta da luta dos jornalistas por seus direitos que as empresas de Collor, derrotadas na vergonhosa proposta de reduzir salários, promoveram uma retaliação histórica aos trabalhadores alagoanos, demitindo profissionais somente por não aceitarem essa redução – sendo, alguns deles, os mais qualificados do país.

Ainda hoje, em 2022, os profissionais não receberam as verbas indenizatórias e, recentemente, sofreram mais um duro golpe, com manobras no processo de recuperação judicial da Organização Arnon de Mello, que reduziu, de forma drástica e inexplicável, cerca de 90% do valor dos débitos já reconhecidos na Justiça. Muitos desses jornalistas, ainda hoje, passam por privações financeiras, porque não receberam um centavo do que tem direito. A realidade, diante fala de Collor, é o “calote” dado nos trabalhadores, isso sim é uma “ação”, visível e irrefutável, que as empresas da OAM praticaram contra os profissionais.

O Sindicato lembra que o piso dos Jornalistas de Alagoas hoje é um dos maiores do país graças, única e exclusivamente, aos próprios jornalistas. O valor é fruto de lutas históricas da categoria travadas há anos, sempre a contragosto das empresas de comunicação, que ano após ano, propõe, na verdade, a redução do valor e a retirada de direitos, promovendo a precarização do trabalho dos jornalistas no Estado.

Por fim, o SINDJORNAL e a FENAJ se solidarizam com toda a classe de jornalistas, principalmente os demitidos da OAM e os vários profissionais que ainda hoje continuam com vínculo, mas afastados, tratando da saúde mental por conta de práticas trabalhistas inadequadas já reconhecidas pelo MPT, que, além de tudo, ainda é obrigada a ver e ouvir no debate esse discurso mentiroso praticado pelo candidato.

SINDICATO DOS JORNALISTAS DE ALAGOAS
FEDERAÇÃO NACIONAL DOS JORNALISTAS