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Polícia Federal realiza operação na casa do Prefeito de Rio Largo, Gilberto Gonçalves

Por Política em Pauta com Assessoria PF/AL 11/08/2022 07h07 - Atualizado em 11/08/2022 08h08
Por Política em Pauta com Assessoria PF/AL 11/08/2022 07h07 Atualizado em 11/08/2022 08h08
Polícia Federal realiza operação na casa do Prefeito de Rio Largo, Gilberto Gonçalves
Gilberto Gonçalves, investigado pela PF - Foto: TribunaHoje

Suspeito de comandar um esquema de desvio de dinheiro público, o prefeito de Rio Largo, Gilberto Gonçalves, acordou com uma Operação da Polícia Federal, iniciada por volta das 6h da manhã desta quinta-feira, 11.

A operação é em parceria com a Corregedoria Geral da União, e é nominada "Beco da Pecúnia", que investiga o desvio de verbas federais de recursos do FUNDEB e SUS, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

De acordo com a investigação, teriam ocorrido possíveis ilegalidades nas contratações e respectivos pagamentos realizados pela Prefeitura para duas empresas, para aquisições de material de construção, peças e serviços para veículos. As empresas teriam recebido da Prefeitura cerca de R$ 20.000.000,00 (vinte milhões de reais).

A investigação identificou que, entre 2019 e 2022, foram realizados 245 (duzentos e quarenta e cinco) saques “na boca do caixa” de contas de tais empresas, com o valor individual de R$ 49.000,00 (quarenta e nove mil reais), logo após terem recebido recursos de contas do município de Rio Largo/AL, visando burlar o sistema de controle do Banco Central/COAF que prevê a obrigatoriedade das instituições bancárias informarem automaticamente transações com valores iguais ou superiores a R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais).

Para executar os desvios e a ocultação da origem ilícita de tais valores, foram utilizados “laranjas”, tanto pessoas físicas, como jurídicas.

A nota da PF afirmou que estão sendo cumpridos 35 mandados de busca e apreensão em 6 cidades de Alagoas. Além de Rio Largo, os mandados estão sendo cumpridos em Maceió, Messias, Paripueira, São Sebastião e Palmeira dos Índios, e em um mandado em São Paulo.

Foi determinado também o sequestro de bens móveis e imóveis para garantir o futuro ressarcimento aos cofres públicos no valor de R$ 12.000.000,00 (doze milhões de reais).

Foi determinado, também, o afastamento cautelar de agentes públicos dos cargos que atualmente ocupam no município de Rio Largo, pelo prazo de 60 dias, proibição de frequentar órgãos públicos do município, proibição de manter contatos entre si e proibição de ausentar-se do país, devendo entregar o passaporte, além da imediata suspensão dos contratos entre as pessoas jurídicas e o município de Rio Largo.

Para o cumprimento das medidas estão sendo empregados 162 (cento e sessenta e dois) Policiais Federais nessa fase ostensiva da Operação.

O nome da Operação (Beco da Pecúnia) é uma referência ao local onde a Polícia Federal flagrou quatro entregas de valores a pessoas vinculadas ao município de Rio Largo, logo após terem sido sacados por duas pessoas ligadas às empresas contratadas pelo município.

Política em Pauta

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