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Governador do RJ diz que deseja suceder Bolsonaro na Presidência

Por Paulo Marcello com Correio 07/08/2019 05h05
Por Paulo Marcello com Correio 07/08/2019 05h05
Governador do RJ diz que deseja suceder Bolsonaro na Presidência
Witzel sugere troca de fuzil por Bíblia e defende que maconheiro cate lixo na praia - Foto: Imagem: Correio
O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, disse ao canal de entrevistas Na Lata, apresentado por Antonia Fontenelle, que seu desejo é ser presidente da República, "de preferência sucedendo o presidente Bolsonaro". Wilson José Witzel é natural de Jundiaí, cidade do interior de São Paulo, é um advogado, ex-juiz federal, ex-fuzileiro naval e atual governador do Rio filiado ao Partido Social Cristão (PSC).

No início do bate papo, o governador ficou desconfortável e evitou responder qual seria o seu desejo, mas nos instantes finais do programa acabou confirmando à apresentadora que deseja se candidatar ao cargo máximo do Executivo. Witzel, no entanto, evitou comentar se será candidato de fato nas próximas eleições majoritárias, afirmando que "estará em parceria com Bolsonaro”.

Durante a entrevista, o governador sugeriu que criminosos troquem o fuzil pela Bíblia. "Não saia de fuzil na rua, não. Troca por uma Bíblia, que se você sair, nós vamos te matar. Ele também revelou que vem conversando com os membros do Judiciário do Rio de Janeiro para que os usuários de drogas que forem detidos pela polícia sejam condenados a catar lixo nas praias.

A ação se configuraria, na visão do governante que já foi juiz federal, como uma medida de prestação de serviços à comunidade, prevista na Lei de Drogas (11.343/06).

"Durante cinco meses, vai trabalhar uma vez por semana, durante uma ou duas horas, depende do que o juiz fixar nessa pena. Será uma atividade muito importante ter um apenado, que é usuário de substância entorpecente, catar lixo na praia".

Wilson Witzel é mais um governador brasileiro com mandato a sondar suas possibilidades para o Planalto. O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), vem sendo apontado por diversos setores da esquerda como candidato natural da oposição no pleito de 2022.

João Doria (PSDB), governador de São Paulo, também vem buscando viabilizar nos bastidores sua candidatura ao Planalto nas próximas eleições, buscando um descolamento do presidente Jair Bolsonaro, de quem se aproximou no segundo turno do pleito do ano passado.