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Renan Filho diz que jornalista usa esporas na barriga e rédeas na cabeça
Na manhã desta segunda-feira (5), o governador Renan Filho humilhou o jornalista Arnaldo Ferreira durante entrevista, no Salão de Despachos do Palácio República dos Palmares, em Maceió. De forma truculenta, Renan não quis responder as perguntas do profissional, começou a atingir a honra dele e o ofendeu dizendo que ele usa “esporas na barriga e rédeas na cabeça”.
O governador queria surpreender a imprensa com dados que apontariam a redução da violência em Alagoas, mas que imediatamente foram contestados pela imprensa. Ao ser indagado sobre a veracidade das informações e sobre as mais de 140 delegacias que estariam sucateadas, falhas em obras milionárias dos Cisps e falta de efetivo da Polícia Civil (PC), Renan Filho surtou e partiu para ofensas ao jornalista e a empresa na qual ele trabalha, que pertence à família do senador Fernando Collor.
Renan Filho esperava apenas por perguntas leves ou bajulações, mas não gostou das informações apuradas por Arnaldo Ferreira com dados colhidos junto ao Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol). Antes de partir para as ofensas, ele disse que a Alagoas retradada pelo jornalista seriam “do passado, da época de Collor”.
“Você não conhece os números e está editorialmente tutelado por um coronel que colocou esporas em sua barriga e rédeas na sua cabeça. É assim mesmo”, disse Renan Filho.
Arnaldo questionou o governador sobre Centro Integrado de Segurança Pública (Cisp) de Murici, sua terra natal. O jornalista apurou que existem falhas estruturais que já atingem o prédio daquela unidade que custou mais de R$ 1 milhão e meio, ainda no primeiro mandato de Renan Filho. E em tom ameaçador, o governador chamou o repórter para sua sala.
“O Cisp de Murici, se você quiser, eu te mostro ali. Vou te convidar para ir aqui à minha sala, depois disso”, disse Renan Filho.
E não parou por aí. Arnaldo Ferreira disse que assessores do governador insistiram para que ele tivesse a tal conversa reservada que o governador propôs. Diante de sua negativa, foi surpreendido por uma ligação, minutos após deixar o Palácio do Governo, em que o governador reforçou os ataques.
“Ele atacou minha honra e ainda ficou fazendo bulling com a minha idade, citando que estou ficando velho e careca. Depois disso, ele ficou me cercando. Agradeci pela entrevista e fui saindo. Aí veio a secretária, um coronel, e um assessor, dizendo que o governador queria conversar numa sala reservada. E eu disse que já tinha tratado de tudo na coletiva, sendo educado, apesar do tratamento. Então recebi a ligação e ele continuou me atacando e atacando o Collor”, relatou.
O jornalista afirmou, ainda nesta segunda-feira, que teme pela sua segurança.
“Só fico com medo de uma covardia. Moro aqui, não tenho segurança. Minha casa é aberta, livre, tenho muitos amigos e não tenho como me proteger. Faço feira, vou ao supermercado… Já escapei de duas [de dois deputados no passado]. Agora, não vou poder sair mais com minha mulher para fazer feira. Vou sozinho, porque não vou colocar a vida dela em risco. Nem vou andar com filhos, nem parentes. Já vou tomar essas medidas pelos próximos dias. Mudar algumas rotinas. Porque foi público. Não tomo como ameaça, mas tenho que ficar ligado”, disse o jornalista.
O Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol) manifestou apoio ao jornalista Arnaldo Ferreira, que foi ofendido pelo governador Renan Filho por questionar as precárias condições de trabalho dos agentes. Já a Organização Arnon de Melo, empresa na qual ele trabalha, informou que sob pretexto de tratar da Segurança Pública de Alagoas, o chefe do Executivo conseguiu converter numa miniatura o seu papel de governador do Estado.
Nota do Sindpol
O Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol) manifesta apoio ao jornalista Arnaldo Ferreira, que foi ofendido pelo governador Renan Filho após questionar a situação precária de trabalho das delegacias, os problemas estruturais dos Centros Integrados de Segurança Pública (Cisp) e o baixo efetivo da Polícia Civil. Ao invés de responder as perguntas, o governador preferiu atacar o jornalista, fazendo comparação com o governo passado.
O jornalista Arnaldo Ferreira apenas questionou o governador com a verdade, utilizando-se das denúncias do Sindpol, ao informar que o CISP precisava de reforma, que os policiais civis estão se aposentando e o efetivo é de 1600 profissionais. “Como resolver tantos problemas com pouco dinheiro”, perguntou o jornalista.
A diretoria do Sindpol informa que o trabalho da Polícia Civil reduziu os homicídios e os assaltos, mas o governador continua sem valorizar a categoria, devendo 16% de reposição salarial, colocando os policiais civis em delegacias com estrutura precária e insalubre.
Os números da redução da violência foram apresentados, na manhã desta segunda-feira (5), pelo governador Renan Filho e o secretário de Segurança Pública, Lima Júnior, durante entrevista coletiva realizada no Salão de Despachos do Palácio República dos Palmares.
O governador queria surpreender a imprensa com dados que apontariam a redução da violência em Alagoas, mas que imediatamente foram contestados pela imprensa. Ao ser indagado sobre a veracidade das informações e sobre as mais de 140 delegacias que estariam sucateadas, falhas em obras milionárias dos Cisps e falta de efetivo da Polícia Civil (PC), Renan Filho surtou e partiu para ofensas ao jornalista e a empresa na qual ele trabalha, que pertence à família do senador Fernando Collor.
Renan Filho esperava apenas por perguntas leves ou bajulações, mas não gostou das informações apuradas por Arnaldo Ferreira com dados colhidos junto ao Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol). Antes de partir para as ofensas, ele disse que a Alagoas retradada pelo jornalista seriam “do passado, da época de Collor”.
“Você não conhece os números e está editorialmente tutelado por um coronel que colocou esporas em sua barriga e rédeas na sua cabeça. É assim mesmo”, disse Renan Filho.
Arnaldo questionou o governador sobre Centro Integrado de Segurança Pública (Cisp) de Murici, sua terra natal. O jornalista apurou que existem falhas estruturais que já atingem o prédio daquela unidade que custou mais de R$ 1 milhão e meio, ainda no primeiro mandato de Renan Filho. E em tom ameaçador, o governador chamou o repórter para sua sala.
“O Cisp de Murici, se você quiser, eu te mostro ali. Vou te convidar para ir aqui à minha sala, depois disso”, disse Renan Filho.
E não parou por aí. Arnaldo Ferreira disse que assessores do governador insistiram para que ele tivesse a tal conversa reservada que o governador propôs. Diante de sua negativa, foi surpreendido por uma ligação, minutos após deixar o Palácio do Governo, em que o governador reforçou os ataques.
“Ele atacou minha honra e ainda ficou fazendo bulling com a minha idade, citando que estou ficando velho e careca. Depois disso, ele ficou me cercando. Agradeci pela entrevista e fui saindo. Aí veio a secretária, um coronel, e um assessor, dizendo que o governador queria conversar numa sala reservada. E eu disse que já tinha tratado de tudo na coletiva, sendo educado, apesar do tratamento. Então recebi a ligação e ele continuou me atacando e atacando o Collor”, relatou.
O jornalista afirmou, ainda nesta segunda-feira, que teme pela sua segurança.
“Só fico com medo de uma covardia. Moro aqui, não tenho segurança. Minha casa é aberta, livre, tenho muitos amigos e não tenho como me proteger. Faço feira, vou ao supermercado… Já escapei de duas [de dois deputados no passado]. Agora, não vou poder sair mais com minha mulher para fazer feira. Vou sozinho, porque não vou colocar a vida dela em risco. Nem vou andar com filhos, nem parentes. Já vou tomar essas medidas pelos próximos dias. Mudar algumas rotinas. Porque foi público. Não tomo como ameaça, mas tenho que ficar ligado”, disse o jornalista.
O Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol) manifestou apoio ao jornalista Arnaldo Ferreira, que foi ofendido pelo governador Renan Filho por questionar as precárias condições de trabalho dos agentes. Já a Organização Arnon de Melo, empresa na qual ele trabalha, informou que sob pretexto de tratar da Segurança Pública de Alagoas, o chefe do Executivo conseguiu converter numa miniatura o seu papel de governador do Estado.
Nota do Sindpol
O Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol) manifesta apoio ao jornalista Arnaldo Ferreira, que foi ofendido pelo governador Renan Filho após questionar a situação precária de trabalho das delegacias, os problemas estruturais dos Centros Integrados de Segurança Pública (Cisp) e o baixo efetivo da Polícia Civil. Ao invés de responder as perguntas, o governador preferiu atacar o jornalista, fazendo comparação com o governo passado.
O jornalista Arnaldo Ferreira apenas questionou o governador com a verdade, utilizando-se das denúncias do Sindpol, ao informar que o CISP precisava de reforma, que os policiais civis estão se aposentando e o efetivo é de 1600 profissionais. “Como resolver tantos problemas com pouco dinheiro”, perguntou o jornalista.
A diretoria do Sindpol informa que o trabalho da Polícia Civil reduziu os homicídios e os assaltos, mas o governador continua sem valorizar a categoria, devendo 16% de reposição salarial, colocando os policiais civis em delegacias com estrutura precária e insalubre.
Os números da redução da violência foram apresentados, na manhã desta segunda-feira (5), pelo governador Renan Filho e o secretário de Segurança Pública, Lima Júnior, durante entrevista coletiva realizada no Salão de Despachos do Palácio República dos Palmares.
Paulo Marcello
Natural de São Paulo (SP), é radialista profissional desde 1988, animador de eventos, mestre de cerimônias e DJ. Reside em Arapiraca (AL), onde apura os bastidores da política alagoana.
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