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Ser político é meio de vida?
A maioria absoluta dos que leem esse texto devem ter uma atividade laboral ou educacional, fazemos faculdades, cursos técnicos, concursos públicos, outros empreendem na iniciativa privada fazendo carreira em empresas ou montando seus próprios negócios. Militando em diversas áreas é natural e necessário que alguns de nós se envolva na dinâmica política, seja pra representar a classe profissional ou a região onde mora por exemplo.
Sacrificar um pouco do seu tempo, sua vida, sua carreira profissional e família deveria ser algo pra se orgulhar, um serviço que se presta a coletividade e ao seu fim cada um retorna para sua vida e atividades regulares. Mas não muito raro vemos sempre no guia eleitoral aquele se orgulha de seus 6 mandatos seguidos, ou de seus 40 anos de vida “pública”. Como alguém que nunca trabalhou como eu trabalhei, que não conhece a minha realidade, pode me representar?
Infelizmente a legislação permite que família inteiras se perpetuem no poder, e estendam suas raízes para municípios e as vezes até estados vizinhos. Vidas inteiras dedicadas a carreiras particulares, enriquecimento e perpetuação dessa condição que é muito boa, mas pra eles e somente para eles. É óbvio, alguém que faz da política seu “ganha pão” fatalmente em algum momento vai colocar sua subsistência acima do interesse coletivo. Nos cargos executivos já existe a limitação a uma reeleição, por qual motivo este mesmo limite não pode ser imposto aos cargos legislativos?
Defendo que todos os cargos eletivos permitam apenas uma recondução, e que nenhum detentor de tais cargos possa ter parentes diretos postulando outros cargos no mesmo estado. E você amigo, o que acha?
Bruno Euclides
Bruno Euclides: Arapiraquense e Alagoano na essência, oficial da PMAL, ex-presidente do ASA de Arapiraca e eterno inconformado com as injustiças.
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