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Banalidade
Como país e como democracia o Brasil tem crescido muito, e muito ainda nos falta, acredito que os recentes escândalos podem e devem trazer importantes lições a todos nós, “esquerdopatas e fascistas”, perdão pelos termos, mas é impossível não lembrá-los ante ao clima acirrado que vivemos. Ainda que em muito os dois grupos divirjam eu ainda quero acreditar que no fundo todos se preocupam com o melhor para o País, e vejo nisso o único motivo e possibilidade de unir cada brasileiro insatisfeito com a realidade vigente.
Ultimamente tem sido difícil tratar sobre política sem se exaltar, ou tentar atingir o interlocutor ao invés do argumento, sim isso é um “mea-culpa”, e enquanto nos digladiamos esquecemo-nos de construir um caminho para dias melhores, haja vista que ainda que a discordância seja quase mortal nas preferências políticas e ideológicas a ânsia por um país melhor é um objetivo que se ouve quase que em uníssono.
Não sei o que vocês pensam, mas este que vos escreve não enxerga legitimidade política nem popular no atual governo Temer. Impossível ter esperança de dias melhores, impossível apoiar e dar um voto de confiança para velhas figuras sob um discurso de união nacional. Os novos vazamentos mostram que as práticas são as mesmas, os nomes são os mesmos, o partido é o mesmo. Não existe fórmula mágica, salvador da pátria, ou solução que não passe por uma ampla reforma política.
Será que finalmente o brasileiro está se cansando de fisiologismo, acordos espúrios, conluios e troca de favores? Ou toda a indignação com o mar de lama que atinge o planalto, irá por água abaixo com nossas escolhas no pleito de 2016? Acredito que as preferências nas eleições irão demonstrar o quanto a lição foi assimilada, e o quanto a corrupção se tornou banalidade neste rincão.
Bruno Euclides
Bruno Euclides: Arapiraquense e Alagoano na essência, oficial da PMAL, ex-presidente do ASA de Arapiraca e eterno inconformado com as injustiças.
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