Caso Ítalo Fernando: polícia aponta uso de GPS clandestino por PM para monitorar esposa antes do crime
As investigações sobre a morte do enfermeiro Ítalo Fernando de Melo, de 33 anos, em Arapiraca, avançaram nesta segunda-feira (15) após a Polícia Civil confirmar que o principal suspeito do crime, um policial militar, teria utilizado ilegalmente um dispositivo de rastreamento GPS para acompanhar os passos da esposa. A informação foi divulgada pelo delegado Flávio Dutra, coordenador das Delegacias de Homicídios do Interior.
De acordo com o delegado, logo após o assassinato, as equipes policiais se dirigiram ao motel onde o crime ocorreu, recolheram imagens do sistema de videomonitoramento e iniciaram diligências para identificar os veículos presentes no local. “Nossa equipe foi até o motel, coletou as imagens e começamos a verificar a quem pertenciam os veículos. Constatamos que o Jeep Renegade era da esposa do suposto autor e que a motocicleta também pertencia ao policial militar”, explicou Dutra.
Em depoimento, a esposa do suspeito confirmou que esteve no motel por volta das 22h e relatou que acabou adormecendo. Segundo ela, já na madrugada, por volta da 1h, despertou assustada ao ouvir disparos de arma de fogo. “Ela acordou com os tiros efetuados por um homem usando capacete”, relatou o delegado, acrescentando que a mulher estava acompanhada do enfermeiro no momento do crime.
As apurações indicam que a mulher desconhecia que estava sendo monitorada. Conforme a polícia, o policial militar teria instalado clandestinamente um rastreador, conhecido como “carrapato”, no veículo dela para acompanhar seus deslocamentos. “Tudo leva a crer que ela não sabia da vigilância. Ele teria colocado o GPS por suspeitar de um possível relacionamento extraconjugal, o que explicaria como ele sabia exatamente onde ela estava na hora do crime”, afirmou Flávio Dutra.
O homicídio ocorreu na madrugada do domingo (14), no bairro Canaã, em Arapiraca. A Polícia Militar informou que uma guarnição de Rádio Patrulha foi acionada pelo Centro de Operações da PM (Copom) e se deslocou até o motel. No local, a equipe da Unidade de Suporte Avançado (USA) constatou que Ítalo Fernando já estava morto, após ser atingido por sete disparos de arma de fogo dentro do quarto.
Natural de Batalha, no Sertão de Alagoas, Ítalo Fernando trabalhava como enfermeiro em hospitais e também na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Arapiraca. O policial militar suspeito foi preso em flagrante, e a principal linha de investigação aponta que o assassinato teria sido motivado por uma suposta traição conjugal.
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