Cinco mandados são cumpridos em AL durante operação contra esquema bilionário de corrupção e danos ambientais

Por Redação 17/09/2025 10h10
Por Redação 17/09/2025 10h10
Cinco mandados são cumpridos em AL durante operação contra esquema bilionário de corrupção e danos ambientais
Material apreendido - Foto: Cortesia

Três mandados de busca e apreensão e dois de prisão preventiva foram cumpridos em Alagoas durante a Operação Rejeito, deflagrada nesta quarta-feira (17) pela Polícia Federal, em conjunto com a Controladoria-Geral da União e com o apoio do Ministério Público Federal e da Receita Federal.

A Polícia Federal ainda não informou em quais cidades alagoanas ocorreu o cumprimento dos mandados. Ao todo, 79 ordens de busca e apreensão e 22 de prisão temporária foram expedidas, principalmente contra alvos que residem em Minas Gerais.

De acordo com a PF, também houve o "afastamento de servidores públicos, bloqueio/sequestro de ativos no valor de R$ 1,5 bilhão e suspensão das atividades das pessoas jurídicas envolvidas, conforme determinação de Colegiado de magistrados da Justiça Federal em Minas Gerais constituído para processar e julgar os casos".

O grupo investigado teria corrompido servidores públicos de órgãos estaduais e federais de fiscalização e controle na área ambiental e de mineração. O objetivo era obter autorizações e licenças ambientais de maneira fraudulenta.

"Essas autorizações eram utilizadas para usurpar e explorar irregularmente minério de ferro em larga escala, incluindo locais tombados e próximos a áreas de preservação, com graves consequências ambientais e elevado risco de desastres sociais e humanos. A organização criminosa teria atuado para neutralizar a ação do Estado, dificultando as investigações e monitorando autoridades. Além disso, utilizou diversos artifícios para lavar o dinheiro obtido com as práticas ilícitas", destacou a PF.

As ações criminosas do grupo renderam um lucro de aproximadamente R$ 1,5 bilhão. Projetos em andamento vinculados aos criminosos contam com potencial econômico acima de R$ 18 bilhões.

Os investigados poderão responder por crimes ambientais, usurpação de bens da união, corrupção ativa, corrupção passiva, organização criminosa, lavagem de dinheiro e embaraçamento à investigação de organização criminosa.

Durante a operação, o diretor da Agência Nacional de Mineração (ANM), Caio Mario Seabra, acabou sendo preso. Além dele, também foi preso o ex-diretor da Polícia Federal na Diretoria de Polícia Administrativa e atual delegado federal em Minas Gerais, Rodrigo de Melo Teixeira.