A Polícia Civil do Rio Grande do Sul divulgou, nesta quinta-feira (4), imagens que mostram o homem que deixou a mala com restos mortais de uma mulher na Rodoviária de Porto Alegre (RS). Nas imagens, o suspeito está usando boné vermelho, máscara cirúrgica, óculos, jaqueta azul e luvas.

O registro foi feito no dia 20 de agosto, por volta das 20h, quando ele deixou a mala no setor de guarda-volumes da rodoviária.

Conforme a investigação, o homem apresentou um documento falso e ainda deixou um segundo documento em nome de outra pessoa — supostamente, o responsável por buscar a mala. Esse terceiro indivíduo será ouvido pela polícia, mas a relação dele com o caso ainda não está esclarecida.

Além disso, a polícia informou que, dentro da mala, havia um papel com o nome de um escritório de contabilidade.

A Polícia Civil busca informações sobre o homem, que podem ser repassadas de forma anônima aos telefones 0800 642 0121 e 181.

Na quarta-feira (3), o IGP-RS (Instituto-Geral de Perícias) confirmou que o tronco encontrado na mala tem o mesmo DNA de braços e pernas encontrados em sacos de lixos, na Zona Leste da Capital, no mês passado.

Conforme o IGP-RS, “a confirmação se deu por exame de DNA e o laudo já foi entregue à delegacia de polícia responsável pelo caso”.

Não há informações sobre a identidade da vítima. A ocorrência está sendo investigada pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul, que segue apurando informações sobre as circunstâncias do crime.

Relembre o caso

Na última segunda-feira (1), partes de um corpo humano foram encontradas dentro de uma mala no setor de guarda-volumes do terminal rodoviário de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.

Segundo as informações da Brigada Militar, a equipe foi acionada após funcionários do terminal sentirem um odor forte vindo do interior de uma mala. Ao chegarem no local, constataram que se tratava de restos mortais humanos e que aparentemente era parte do tronco de uma pessoa.

Anteriormente, no dia 13 de agosto, foram encontrados os membros superiores e inferiores de uma mulher branca, de meia idade, dentro de sacos de lixo, em uma rua da Zona Leste da capital.

Segundo os peritos, os cortes são uniformes e foram feitos após a morte, o que afasta a hipótese de luta ou reação da vítima. 

“Não tem a causa da morte ainda. Com os primeiros restos a perícia não consegue dizer a causa”, acrescentou o delegado. A polícia não descarta hipótese de feminicídio.