Em novo júri popular, MPAL acusará serial killer alagoano de tentar matar o jovem em Rio Largo

Tentativa de homicídio duplamente qualificada: essa será a tese de acusação sustentada pelo Ministério Público do Estado de Alagoas (MPAL), por meio da 9ª Promotoria de Justiça da Capital, contra o serial killer alagoano acusado de tentar assassinar Alan Vitor dos Santos Soares, em 12 de junho de 2024, no bairro Vergel do Lago. O réu, que já confessou 18 crimes contra a vida, será julgado, mais uma vez, nesta próxima quinta-feira (4), a partir das 8h.
Na denúncia ajuizada pelo promotor de Justiça Antônio Vilas Boas, da 9ª Promotoria de Justiça da Capital, as investigações comprovaram que Alan Vitor dos Santos Soares retornava do trabalho para a casa da avó, quando percebeu que estava sendo seguido. Na sequência, ele teria sido surpreendido por quatro disparos de arma de fogo, sendo um na região da nuca, dois no pulmão e um de raspão na orelha. Apesar dos ferimentos, Alan sobreviveu após mais de dois meses de internação hospitalar, tendo ficado 30 dias em coma. Seu testemunho foi fundamental para o avanço das investigações, já que foi ele próprio quem procurou a polícia para fazer a denúncia contra Balbino, após tê-lo reconhecido em matérias jornalísticas divulgadas pela imprensa sobre o assassinato de Emerson Wagner.
A denúncia do MPAL traz também o relato de uma testemunha ocular do crime, que confirmou o réu como o autor da tentativa de assassinato.
Vítima era monitorada
A ação penal proposta pelo Ministério Público ainda traz a perícia realizada no aparelho telefônico apreendido em poder do denunciado, que comprova que a vítima vinha sendo observada pelo réu já há algum tempo, em razão dos print screen (captura de imagem da tela) que Albino Santos fazia da rede social de Alan Vitor dos Santos Soares
As apurações policiais e periciais revelaram ainda que o acusado mantinha pastas organizadas em plataformas digitais, contendo registros de vítimas em potencial, notícias dos crimes cometidos e até autorretratos em cemitérios, demonstrando planejamento e frieza na execução dos delitos. O próprio réu confessou parte dos crimes em júris anteriores.
Nessas referidas pastas, os arquivos eram nomeados como “odiadas instagram” e “mortes especiais”. Em parte delas, ele circulava no calendário a data do fato criminoso e juntava fotos aos arquivos sobre a morte daquela pessoa, o que também ocorreu com a vítima Alan Vitor.
De acordo com o promotor Antônio Vilas Boas, ele é apontado como responsável por diversos homicídios em Maceió, sempre com o mesmo padrão de execução, escolhendo vítimas jovens, com perfis semelhantes, e acompanhando suas rotinas pelas redes sociais antes dos ataques: “Apesar do réu negar a autoria do crime, o Ministério Público possui provas robustas da sua participação para convencer os jurados e levá-lo a uma condenação. Portanto, esse será mais um passo fundamental para garantir justiça às vítimas e reafirmar o compromisso institucional do Ministério Público com a defesa da vida e da ordem pública”, disse ele.
O júri será realizado na próxima quinta-feira, 4 de setembro, na 7ª vara Criminal da capital. A tese do MPAL será de tentativa de homicídio duplamente qualificada, por motivo fútil e por meio de recurso que impossibilitou a defesa da vítima.
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