Veja ranking das 20 cidades e dos estados mais violentos, segundo dados do Anuário de Segurança

Por Redação com G1 24/07/2025 19h07 - Atualizado em 24/07/2025 19h07
Por Redação com G1 24/07/2025 19h07 Atualizado em 24/07/2025 19h07
Veja ranking das 20 cidades e dos estados mais violentos, segundo dados do Anuário de Segurança
Viatura da Polícia Militar de Alagoas - Foto: Reprodução

Com uma taxa de quase 80 mortes violentas intencionais a cada 100 mil habitantes, Maranguape (CE) lidera o ranking das cidades mais violentas do Brasil em 2024, segundo dados do Anuário de Segurança, divulgados nesta quinta-feira (24) pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).

A vice-liderança do ranking ficou com Jequié (BA), que teve uma taxa de 77,6. Em seguida vêm Juazeiro (BA), Camaçari (BA) e Cabo de Santo Agostinho (PE).

De acordo com o levantamento, 16 das 20 cidades mais violentas do país são do Nordeste, e a Bahia concentra cinco das dez cidades mais violentas.

Para o FBSP, a violência está relacionada a disputas entre facções por controle do tráfico de drogas.

O ranking leva em conta homicídios dolosos, latrocínios, lesões corporais seguidas de morte e mortes decorrentes de intervenção policial nas cidades com mais de 100 mil habitantes.

Ranking da violência nos estados em 2024

O Amapá lidera o ranking de estados mais violentos do Brasil em 2024, com uma taxa de 45,1 mortes. Na sequência aparecem Bahia (40,6) e Ceará (37,5).

Apesar da posição no topo, o Amapá apresentou queda de 30,6% na taxa em relação a 2023, quando também ocupava a primeira colocação, com 64,9 mortes por 100 mil. Já São Paulo teve o menor índice de violência letal do país: 8,2 por 100 mil.

Outros destaques do Anuário:

1 em cada 5 medidas protetivas com urgência concedidas pela Justiça brasileira foram descumpridas pelos agressores em 2024;

os registros de roubos e furtos de celulares caíram 12,6%, mas o número de aparelhos tomados das pessoas supera 917 mil. Sábados são os dias com mais furtos.

dos aparelhos roubados, as polícias brasileiras recuperaram 1 em cada 12 ao longo do ano passado. A quantidade representa 8% dos 917 mil aparelhos levados;

as 10 cidades mais violentas do Brasil são do Nordeste, metade delas na Bahia. Segundo o estudo, os municípios sofrem com disputas de facções pelo controle do tráfico de drogas;

o investimento dos governos federal, estaduais e municipais em segurança pública cresceu 6% e chegou a R$ 153 bilhões em 2024; as cidades investiram 60% mais do que em 2021;

os registros de novas armas caíram 79% de 2022, último ano do governo Jair Bolsonaro (PL), para 2024, já no governo Lula (PT). A fabricação de armas no país caiu 92,3% de 2021 a 2024;

o total de pessoas presas cresceu 6% no Brasil em 2024 e chegou a 909.594. No entanto, há déficit de vagas, que supera 237 mil em todo país. Há, ainda, 13% da população carcerária que cumprem pena com tornozeleira eletrônica em prisão domiciliar;

os estados de RN e SC lideram as interrupções de aulas por conta de violência no entorno das escolas ou creches públicas, como ataques e toques de recolher; RJ é o 3º;

há crescimento nos casos de bullying e cyberbullying. Vítimas de bullying são, majoritariamente crianças partir de 10 anos (47%) e, no cyberbullying, adolescentes de 14 e 17 anos (58%).