Boxeador é preso pela imigração dos EUA quatro dias após perder luta para Jake Paul

Por Redação com O Globo 03/07/2025 18h06
Por Redação com O Globo 03/07/2025 18h06
Boxeador é preso pela imigração dos EUA quatro dias após perder luta para Jake Paul
Julio César Chávez Jr. foi detido nos EUA por supostas ligações com crime organizado - Foto: Reprodução

O boxeador mexicano Julio César Chávez Jr. foi detido por agentes de imigração dos EUA para ser deportado para seu país, onde possui um mandado de prisão por supostas ligações com o crime organizado, informou o Departamento de Segurança Interna (DHS) nesta quinta-feira. Chávez Jr., de 39 anos, foi detido por agentes do Serviço de Imigração e Alfândega (ICE) "que estão processando sua remoção rápida dos Estados Unidos", informou o DHS em um comunicado.

O filho do lendário ex-boxeador Julio César Chávez foi preso nesta quarta-feira em Studio City, Los Angeles, apenas quatro dias após estrelar um dos eventos de boxe mais divulgados do ano nos Estados Unidos. O mexicano, campeão mundial dos médios entre 2011 e 2012, perdeu no sábado para o americano Jake Paul, um YouTuber que virou boxeador, na luta principal da noite em Anaheim, ao sul de Los Angeles.

Nesta quinta-feira, o DHS declarou que Chávez Jr. "tem um mandado de prisão ativo no México por seu envolvimento com o crime organizado e o tráfico de armas de fogo, munições e explosivos".

"Chávez também é considerado um associado do Cartel de Sinaloa, uma organização terrorista estrangeira designada", acrescentou. "Sob o presidente (Donald) Trump, ninguém está acima da lei, nem mesmo atletas mundialmente famosos", disse a vice-secretária do DHS, Tricia McLaughlin, no comunicado. "Nossa mensagem para qualquer afiliado do cartel nos Estados Unidos é clara: nós o encontraremos e você enfrentará as consequências."

De acordo com o DHS, Chávez Jr. solicitou residência permanente nos Estados Unidos em abril de 2024 "com base em seu casamento com uma cidadã americana ligada ao Cartel de Sinaloa". O órgão afirmou que a conexão se baseia no relacionamento anterior da mulher com um filho falecido do chefão do Cartel de Sinaloa, Joaquín "El Chapo" Guzmán, que está preso nos Estados Unidos.

Em 27 de junho, o DHS afirmou que, "após diversas declarações fraudulentas em seu pedido para se tornar residente permanente legal, foi determinado que (Chávez Jr.) estava ilegalmente no país e deveria ser removido".