Exame de sangue pode identificar sinais precoces do Alzheimer, aponta estudo brasileiro

Um estudo brasileiro publicado na revista Nature identificou biomarcadores sanguíneos que podem tornar mais rápido e acessível o diagnóstico da doença de Alzheimer e outras formas de demência. A partir do exame de sangue, os pesquisadores investigaram a presença de marcadores biológicos que poderiam indicar alterações no cérebro em idosos.
A pesquisa, uma das primeiras com pacientes brasileiros, aponta que a nova forma de diagnosticar a doença poderia facilitar o diagnóstico em regiões em que o acesso a exames mais avançados é limitado. O estudo foi conduzido por especialistas do Idor (Instituto D'Or de Pesquisa e Ensino), em colaboração com a UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), Neurolife e Queen's University.
Os pesquisadores analisaram os biomarcadores sanguíneos NfL, GFAP, pTau181 e pTau217. Esses biomarcadores têm se mostrado eficazes na detecção precoce de alterações no cérebro relacionadas à demência e podem ser uma alternativa acessível a exames caros como tomografia por emissão de pósitrons e coleta de líquido cefalorraquidiano.
Um dos principais achados do estudo foi o biomarcador pTau217, cuja presença no sangue apresentou um acerto superior a 90% para identificar alterações cerebrais associadas ao Alzheimer.
Outro biomarcador importante foi o pTau181, que demonstrou eficácia em diferenciar o Alzheimer de outros tipos de demência, como a demência com corpos de Lewy e a demência vascular. Os pesquisadores apontam um avanço importante com descoberta, visto que os sintomas dessas doenças podem ser semelhantes, e a capacidade de diferenciá-las ajuda os médicos a determinar o melhor tratamento para cada caso.
Além disso, a combinação de biomarcadores como pTau e A?42 mostrou um desempenho ainda mais preciso, o que sugere que testes combinados podem tornar o diagnóstico mais confiável e eficiente.
Outro achado relevante foi a análise do GFAP (Proteína Ácida Fibrilar Glial), uma substância encontrada no sangue que está relacionada ao declínio cognitivo em pacientes com Alzheimer. Quando os níveis de GFAP estão elevados, junto com pTau181 ou pTau217, o paciente tem maior risco de uma progressão mais rápida da doença. Isso faz com que o biomarcador seja útil não apenas no diagnóstico, mas também no monitoramento da evolução da doença ao longo do tempo.
Os biomarcadores utilizados pelos pesquisadores brasileiros já foram estudados em outras populações, como nos Estados Unidos, países da Europa e no Canadá, onde pesquisas similares já vinham sendo realizadas, segundo Fernanda De Felice, pesquisadora do Idor e Queen's University e professora da UFRJ.
"O diferencial do nosso trabalho foi trazer essa tecnologia para o Brasil. Adquirimos o primeiro aparelho capaz de realizar a dosagem ultra sensível desses biomarcadores e o validamos especificamente na população brasileira. Isso é fundamental, pois não é possível utilizar valores de referência de populações com background genético diferente", diz.
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