O número de nascimentos registrados em Alagoas segue em queda contínua ao longo da última década. De acordo com a Estatística do Registro Civil, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na última semana, dezesseis municípios alagoanos registraram menos de 100 nascimentos em 2023. Esse número representa um aumento em relação a 2013, quando apenas 14 cidades apresentavam esse mesmo perfil de baixa natalidade.

As cidades de Alagoas com menos de 100 nascimentos em 2023 foram: Belém, Campestre, Coqueiro Seco, Feliz Deserto, Jacaré dos Homens, Jacuípe, Jaramataia, Jundiá, Mar Vermelho, Minador do Negrão, Olho d’Água Grande, Palestina, Paulo Jacinto, Pindoba, São Brás e Tanque d’Arca. Entre essas, quatro chamam a atenção por apresentarem uma queda acentuada: Campestre, Jacaré dos Homens, Olho d’Água Grande e São Brás tinham mais de 100 nascimentos em 2013, mas agora estão abaixo desse patamar.

O estado de Alagoas como um todo também segue essa tendência de redução na taxa de natalidade. Em 2023, foram registrados 46.174 nascimentos no estado, o que representa uma queda de 11,4% em comparação aos 52.121 nascimentos contabilizados em 2013. Apesar da retração na última década, houve um leve aumento de 1,63% em relação a 2022, ano em que o total de nascimentos foi de aproximadamente 45,4 mil.

A queda na natalidade verificada em Alagoas reflete um movimento nacional. Em todo o Brasil, o IBGE registrou 2,52 milhões de nascimentos em 2023, uma redução de 0,7% em relação ao ano anterior, quando foram registrados 2,54 milhões. Entre as regiões brasileiras, apenas o Centro-Oeste apresentou crescimento, com aumento de 1,1%. Já entre os estados que mais reduziram seus índices, destacam-se Rondônia (-3,7%), Amapá (-2,7%), Rio de Janeiro (-2,2%), Bahia (-1,8%) e São Paulo (-1,7%). Por outro lado, Tocantins (3,4%) e Goiás (2,8%) aparecem entre os que apresentaram crescimento no número de nascimentos.