Adolescente de 15 anos morre por complicações causadas supostamente por cigarro eletrônico

Por G1 29/05/2025 17h05 - Atualizado em 29/05/2025 21h09
Por G1 29/05/2025 17h05 Atualizado em 29/05/2025 21h09
Adolescente de 15 anos morre por complicações causadas supostamente por cigarro eletrônico
Hospital - Foto: Reprodução/ TV Globo

Uma adolescente de 15 anos morreu, nesta quarta-feira (28), por complicações causadas, suspostamente, pelo uso de cigarro eletrônico no Distrito Federal. A informação foi dada pela rádio CBN, na manhã desta quinta-feira (29), e confirmada pelo g1.

De acordo com as informações obtidas pela CBN, a jovem chegou ao Hospital Regional da Asa Norte (HRAN) com um quadro de pneumonia que não respondia a antibióticos. Um médico ouvido pela reportagem do g1informou que a hipótese é que a morte tenha ocorrido por lesão pulmonar associada ao uso de cigarro eletrônico, conhecida como "EVALI" — sigla em inglês para e-cigarette or vaping use-associated lung injury.

A Secretaria de Saúde disse que não fornece informações sobre os pacientes atendidos na rede pública.


A pneumologista Alessandra Camargo contou à CBN que a paciente estava com tosse há quatro meses. Nesse período, além do HRAN, ela passou também por um pronto-socorro e outros dois hospitais públicos de Brasília.


A adolescente esteve internada no Hospital Cidade do Sol, em Ceilândia, e no Hospital Universitário de Brasília (HUB). No HUB, os médicos pediram a transferência para uma UTI pediátrica, e a estudante foi levada para o HRAN.


Ao chegar no Hospital Regional da Asa Norte, o pulmão já estava quase todo comprometido com inflamação, e o lado esquerdo parou totalmente de funcionar por causa das lesões, segundo a médica Alessandra Camargo.

Morte por uso de cigarro eletrônico só será investigada se família autorizar


A família da jovem não quis falar sobre a morte. "Estamos em luto eterno", disse o pai.


Até a última atualização desta reportagem, a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) não havia aberto investigação sobre o caso.


Segundo a coordenadora da Comissão de Tabagismo da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), Maria Enedina Claudino de Aquino, uma investigação para comprovar morte por uso de cigarro eletrônico só será aberta caso a família autorize.