Aluna morta por colega em colégio particular recebeu bilhete com ‘sentença de morte’, diz polícia

Por Redação com Terra 21/05/2025 19h07
Por Redação com Terra 21/05/2025 19h07
Aluna morta por colega em colégio particular recebeu bilhete com ‘sentença de morte’, diz polícia
Aluna foi morta com golpe de tesoura em colégio particular em Uberaba (MG) - Foto: Reprodução/Facebook

A adolescente de 14 anos, morta por um colega com um golpe de tesoura dentro de um colégio particular em Uberaba (MG), recebeu um bilhete com “sentença de morte”, segundo a Polícia Civil. O crime teria sido premeditado por dois alunos da mesma sala da vítima.

O crime ocorreu no último dia 8 em um colégio, no bairro Universitário. De acordo com a instituição, o menino do 9º ano atacou a vítima durante a aula e, depois, fugiu do local. Um dos professores, que é estudante de medicina, auxiliou nos primeiros socorros até que o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) chegasse.

A equipe tentou reanimá-la, no entanto, a menina não resistiu aos ferimentos. O adolescente foi apreendido no mesmo dia e confessou o crime, indicando participação de um colega.

Investigação e apreensões

Em uma coletiva de imprensa realizada nesta terça-feira, dia 20, a Polícia Civil informou que o inquérito concluiu que o crime foi planejado pelos dois adolescentes de 14 anos, colegas da garota.

A conclusão veio após uma operação em que foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão, na qual foram coletados diversos materiais, como cadernos escolares e equipamentos eletrônicos, além de um plano de fuga escrito pelos dois menores.

Conforme o delegado Cyro Outeiro Pinto Moreira, o ataque à menina ocorreu de forma repentina e sem qualquer desentendimento entre os envolvidos anteriormente.

“A vítima foi surpreendida por um golpe de faca no peito, após receber um bilhete com uma sentença de morte. As imagens das câmeras de segurança mostram a atuação dos dois adolescentes de forma coordenada. Outros alunos presentes estavam alheios ao ocorrido”, esclareceu.

Os dois respondem por ato infracional análogo ao crime de homicídio e permanecem internados por decisão da Vara da Infância e da Juventude em Uberaba. O caso foi encaminhado ao Ministério Público para as providências legais.

“Trata-se de um fato isolado. Não há outras pessoas investigadas, tampouco lista com nomes de possíveis vítimas. As escolas seguem sendo locais seguros”, afirmou o promotor Diego Martins Aguillar.