Padre bêbado quebra garrafas em posto, xinga e ameaça frentistas

Por Redação com G1 19/05/2025 16h04 - Atualizado em 19/05/2025 16h04
Por Redação com G1 19/05/2025 16h04 Atualizado em 19/05/2025 16h04
Padre bêbado quebra garrafas em posto, xinga e ameaça frentistas
Padre se exalta em posto de combustível - Foto: Reprodução/ g1

Um padre, de 37 anos, foi detido pela Polícia Militar após causar confusão em um posto de combustíveis em Registro, no interior de São Paulo. Ele estava embriagado, quebrou garrafas, xingou e ameaçou frentistas. O caso ocorreu nesta segunda-feira (19). Ele foi liberado após aceitar fazer exame de sangue.

De acordo com os policiais, o religioso apresentava sinais visíveis de embriaguez, como fala desconexa, desorientação, andar cambaleante e forte odor de álcool.Dois frentistas relataram que o padre consumia bebidas alcoólicas no local e, em determinado momento, passou a quebrar garrafas de vidro no chão. Ao tentarem contê-lo, os funcionários foram xingados e ameaçados com agressividade.

Os policiais militares levaram ele até a delegacia. Ele aceitou ser submetido a exame de sangue para constatar o álcool e, por isso, foi liberado e conduzido à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) para coleta.

Segundo o boletim de ocorrência, o padre não foi ouvido por conta do estado de embriaguez e o carro foi liberado para uma pessoa indicada por ele. O sangue coletado foi apreendido pela polícia, mas não há informações sobre o resultado do exame.

Apesar disso, o caso foi registrado como embriaguez ao volante na Delegacia Sede de Registro.

Posicionamento da igreja

Em nota, o bispo diocesano de Registro, Dom Manoel Ferreira dos Santos Júnior, afirmou que o padre responderá pelas consequências canônicas, além das civis, que já estão em andamento.

Confira a nota na íntegra:

“Tendo tomado conhecimento dos últimos fatos envolvendo um membro de nosso Clero Diocesano, vimos a público pedir perdão pelo escândalo gerado entre os fiéis católicos, diante daqueles que mesmo não professando a fé católica têm grande estima e proximidade à Igreja e, enfim, aos que porventura foram moralmente feridos por tais fatos.

Com efeito, nos recorda o saudoso Papa Francisco que “a Igreja, na sua essência, é uma Igreja de fé e sempre relacional, e só curando as relações doentias é que nós podemos tornar a Igreja sinodal. Como poderemos ser críveis na missão se não reconhecemos os nossos erros e não nos inclinamos para curar as feridas causadas com os nossos pecados?”.A partir do conhecimento do fato, o Clérigo envolvido receberá, imediatamente as devidas implicações canônicas, além das civis que já estão em curso.

Reiteramos o compromisso da Igreja Católica de não tolerar quaisquer tipos de atitudes, sobretudo por parte de sua hierarquia, que gerem escândalo e desfigurem a sua missão”.