Polo Tecnológico Agroalimentar apresenta projeto de estufas hidropônicas a pequenos produtores rurais em Arapiraca

Pequenos produtores rurais das áreas do agreste e sertão de Alagoas participaram de uma aula de campo, no Polo Tecnológico Agroalimentar de Arapiraca, na última quarta-feira (13), com o intuito de apresentar o sistema de hidroponia como alternativa para aumentar a produtividade e rentabilidade dos agricultores familiares de forma sustentável, e compartilhar conhecimentos entre o ecossistema agrícola de alagoas por meio da ciência e da tecnologia.
Durante a visita a essas estufas, os produtores locais, acompanhados pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), tiveram a oportunidade de conhecer de perto as tecnologias empregadas e os resultados obtidos.
A estrutura do polo e o suporte técnico aplicados nas pesquisas com estufas hidropônicas foram viabilizados pelo Governo de Alagoas, por meio da Secretaria da Ciência, da Tecnologia e da Inovação (Secti), sob coordenação da Universidade Estadual de Alagoas (Uneal). A iniciativa ganhou o selo ODS Educação 2024, da ONU.
O sistema hidropônico consiste em uma estrutura que permite a plantação sem a utilização do solo, apenas com um mecanismo que leva água e nutrientes de maneira cíclica, facilitando, assim, o plantio, sem depender das condições climáticas; com alta produtividade e qualidade; e com maior controle de doenças e pragas, produzindo alimentos mais saudáveis, tanto para os produtores, quanto para o consumidor final.
Segundo a engenheira agrônoma do Polo Tecnológico, Swamy Rocha, apresentar esse sistema é contribuir para o desenvolvimento dos pequenos produtores locais
“Para os produtores, a hidroponia é uma solução importante. Muitos enfrentam dificuldades com o plantio, principalmente por causa da escassez de água no sertão e da presença de doenças no solo — problemas já bastante conhecidos. Com o uso da hidroponia e o conhecimento de como utilizá-la, esses produtores conseguem reduzir essas dificuldades e manter suas culturas ativas. Em Arapiraca, por exemplo, o cinturão verde é responsável pelo cultivo e comercialização de diversas hortaliças, que têm grande relevância para a economia local,” destacou a engenheira agrônoma.
A produtora rural de Santana do Ipanema, Terezinha Barbosa, diz que a aula de campo proporcionou conhecimentos valiosos que serão aplicados em seu cultivo de hortaliças
“Estou achando muito proveitosa essa experiência. Tudo o que vocês estão apresentando aqui é muito bonito e interessante. A gente precisa perguntar, entender como vocês fazem, para aprender cada vez mais. Tenho certeza de que vou levar muito conhecimento para Santana do Ipanema. Esse aprendizado vai nos ajudar a melhorar o trabalho com as hortaliças por lá”, frisou Terezinha.
A programação incluiu, além do tour guiado pelo Polo Tecnológico e apresentação do sistema de hidroponia, uma visita a um produtor local que construiu sua própria estufa hidropônica, e comercializa hortaliças baixas em agrotóxicos para redes de supermercados da cidade de Arapiraca. Lá, os produtores puderam ver, na prática, os custos, vantagens e desvantagens em utilizar o sistema hidropônico.
O incentivo à pesquisa é um papel fundamental exercido pelo Governo de Alagoas, neste caso, por meio da parceria entre a Uneal, a Secti e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (Fapeal). Para o Secretário da Secti, Silvio Bulhões, essa iniciativa é importante, tanto para o fortalecimento das atividades do Polo, quanto para a realização dessas atividades de extensão, que permitem que a pesquisa ultrapasse os muros da Universidade
“Soluções como essas são fundamentais, não apenas para o funcionamento e a produção do próprio Polo Tecnológico, mas também para a realização de atividades de extensão junto aos produtores. Elas permitem levar o conhecimento gerado no polo a outras regiões do estado, contribuindo para que os agricultores tenham acesso, de forma prática e acessível, às pesquisas e inovações desenvolvidas”, disse o secretário.
Sobre o Polo Tecnológico Agroalimentar de Arapiraca
Com uma área de 3 mil m², o Polo Tecnológico Agroalimentar de Arapiraca possui uma estrutura moderna, equipada com laboratórios avançados para análises químico-microbiológicas, avaliação de solo, água e irrigação, produção semi-industrial de derivados da mandioca, além do processamento de hortaliças, frutas e monitoramento agrometeorológico.
Esse polo tem contribuído significativamente para o desenvolvimento de pesquisas científicas em Alagoas, ao mesmo tempo em que fortalece as atividades das comunidades na região do Agreste.
Fruto da parceria entre a Secti e a Uneal, o polo tem promovido uma transformação positiva na agricultura familiar local, oferecendo serviços laboratoriais que impulsionam as cadeias produtivas da região.
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