Maior desbloqueador de celulares roubados do Estado do Rio é preso

Foi preso em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, nesta sexta-feira, o homem apontado pela Polícia Civil como o maior desbloqueador de telefones celulares do Estado do Rio. O suspeito, que não teve a identidade revelada, foi autuado em flagrante pelo crime de receptação durante o cumprimento de três mandados de busca e apreensão.
Segundo as investigações, o indivíduo ministra até cursos online ensinando como desbloquear os aparelhos subtraídos, assim como remover o número de Imei (Identificação Internacional de Equipamento Móvel) — código que permite bloquear o aparelho e até ajuda na recuperação em caso de roubos e furtos — da lista de telefones roubados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
A prisão foi realizada por agentes da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM). Ainda de acordo com as investigações, o suspeito atua remotamente: de casa, ele era capaz de desbloquear celulares em qualquer lugar do Brasil. O indivíduo participa de grupos virtuais, com integrantes de diversas unidades da federação.
Em uma rede social, uma página compartilhava trechos da aula, que tinha direito até a um quadro branco, usado para passar as instruções de como agir. Em publicações, além de mostrar conversas em que se gabava de ter "removido com sucesso" determinado número de Imei do que chamou de "blacklist" (lista negra, em tradução literal). O curso de "desbloqueios e soluções em sistema", com 15 aulas (30 horas, ao todo), era anunciado para aparelhos Android e iOS. Mas o site para onde a publicação indicava já não existe mais.
Foram apreendidos na residência 15 celulares, três notebooks, uma pistola de brinquedo (simulacro), além de um bloqueador de sinal. Todo o material será periciado, mas já se sabe que ao menos três smartphones são roubados. Além de receptação, o preso também foi enquadrado por associação criminosa, crime ao qual responde em outro inquérito.
De acordo com agentes da DRCPIM, esta é considerada uma ação crucial no escopo da Operação Rastreio — realizada pela Polícia Civil, no combate justamente ao roubo, furto e à receptação de celulares — por tirar de circulação alguém que difunde conhecimento e pode prestar esse serviço ilegal a várias quadrilhas do país.
Em nota, a Anatel afirma que o bloqueio do terminal é feito com base no Imei, mas reconhece que "para alguns modelos de equipamentos mais simples e antigos é possível, com equipamentos especializados, adulterar" o identificador. Na prática, diz a agência, os criminosos não excluem as informações do Cadastro de Estações Móveis Impedidas (Cemi), já que "para a rede o terminal adulterado é tratado com um equipamento distinto".
Desde 2014, a agência afirma dispor de meios para identificar terminais adulterados que são posteriormente bloqueados novamente. "A ação mais recente sobre o tema é o Programa Celular Seguro, iniciativa do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) em parceria com a Anatel e prestadoras, que permite o bloqueio do terminal roubado, linha telefônica e aplicativos bancários por meio do uso do programa. Em fevereiro foi introduzido o modo recuperação, que permite ao invés de bloquear o Imei, o incluir em uma lista de terminais" monitorados, explica a Anatel. "Assim que um terminal monitorado é reativado na rede, o MJSP é notificado e, em seguida, este envia uma mensagem WhasApp solicitando que o usuário compareça a uma delegacia para prestar esclarecimento."
Em Copacabana, outro preso
Dentro da Operação Rastreio, outro suspeito foi preso nesta sexta-feira. Em Copacabana, na Zona Sul do Rio, agentes da Divisão de Capturas e Polícia Interestadual (DC-Polinter) prenderam o integrante de uma organização criminosa especializada em roubo e receptação de celulares.
O indivíduo atuava num mercado popular no Centro do Rio e usava uma plataforma de compras e vendas online para sua atividade ilícita. Foi cumprido um mandado de prisão preventiva conta o suspeito, que vai responder por estelionato, receptação e associação criminosa. Sua ficha criminal é extensa, e tem passagens também por roubo, descaminho e violação de domicílio.
Ao todo, desde o último dia 3, ações coordenadas da Operação Rastreio já recuperaram mais de 200 aparelhos. Os celulares serão analisados e devolvidos aos proprietários posteriormente.
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