Ronaldo faz declaração polêmica sobre CBF e federações estaduais

Por Folhapress 23/03/2025 07h07
Por Folhapress 23/03/2025 07h07
Ronaldo faz declaração polêmica sobre CBF e federações estaduais
Ronaldo fenômeno - Foto: Reprodução

O ex-jogador Ronaldo criticou as federações estaduais de futebol, a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) e Ednaldo Rodrigues, atual presidente da entidade, no Charla Podcast, nesta sexta (21).

A entrevista foi a primeira desde que o empresário anunciou, há dez dias, a retirada de sua pré-candidatura à presidência da CBF. Ele ainda detalhou algumas das propostas de sua campanha para os campeonatos estaduais e a questão dos gramados sintéticos, e falou sobre Neymar e a possibilidade de um técnico estrangeiro na seleção brasileira.

"Eu sei que é difícil pra caramba, mas eu não imaginava que era impossível", afirmou Ronaldo sobre a candidatura. "O sistema realmente... Ele não deixa ninguém entrar. Tanto que, historicamente, a CBF nunca teve uma eleição com dois candidatos. Quem está no poder se reelege ou elege o sucessor."

Campeão mundial nas Copas de 1994 e 2002, o ex-atacante se queixou de não ter conseguido apresentar suas propostas às federações, apesar de ter feito "a politicagem que tinha que ser feita". Segundo ele, sua campanha enviou carta oficial a todas as federações pedindo uma audiência para expor suas ideias, e recebeu de ao menos 20 delas uma resposta padronizada. "Ah, Ronaldo, pô, muito legal você se interessar em querer ajudar o futebol. Respeitamos muito a sua trajetória, a sua história e tal, mas não podemos te receber, porque estamos alinhados com a excelente gestão do Ednaldo Rodrigues", contou ao podcast.

Para o ex-jogador, as federações se veem obrigadas a apoiar a atual gestão da CBF sob o risco de verem benefícios cortados, e "faltou [a elas] coragem para mudar o futebol".

"Tem gente competente pra caramba no Brasil. As pessoas na CBF não conseguem trabalhar, tudo é muito centralizado no Ednaldo, e as pessoas não conseguem trabalhar, as pessoas entram lá e saem, ou ficam escanteados lá, enfim."

A CBF disse que não iria se manifestar.