Hoje, um dos pontos mais visitados na cidade de Arapiraca por conta do aparecimento de jacarés, a Ladeira do Claudenor, também tem a pronúncia de seu nome confundida por várias pessoas, chamando-a de “Ladeira do Claudionor”.

Mas afinal, quem foi o Claudenor, que batiza a tão “famosa” ladeira?

Claudenor de Albuquerque Lima era esposo de Dona Maria do Cartório, tabeliã que, por muitas décadas, esteve à frente do Cartório do 3º Ofício, localizado na Rua Estudante José de Oliveira Leite, no centro de Arapiraca. Ele também era avô do ex-deputado estadual Dudu Albuquerque e bisavó do deputado estadual, Breno Albuquerque.

Filho de Luís Pereira Lima, Claudenor de Albuquerque Lima seguiu os passos do pai e se destacou na política alagoana. Advogado de formação, ele também teve forte atuação na educação, sendo um dos fundadores do Ginásio Nossa Senhora do Bom Conselho, hoje, Colégio CBC, onde ocupou o cargo de diretor.

Sua carreira política teve início ao deixar a educação para ingressar na vida pública. Foi eleito deputado estadual por quatro mandatos consecutivos: 1951-1954 (PTN), 1955-1958 (PSD), 1959-1962 e 1963-1966 (PST). Durante sua trajetória, exerceu grande influência na política de Arapiraca, especialmente no período em que o governador Muniz Falcão, seu correligionário, esteve no poder.

Em 1957, Claudenor foi acusado de ser o mandante do assassinato do deputado Marques da Silva, mas acabou absolvido pelo Tribunal do Júri.

Além da política, ele também deixou sua marca na comunicação, sendo fundador e dirigente da Rádio Cultura de Arapiraca, que funcionava no bairro São Luís. Em 1986, tentou retornar à Assembleia Legislativa pela coligação PMDB-PTB-PCdoB-PSC, mas não obteve êxito na eleição.

Nos dias de hoje, a extensa área de mata nativa - que por muito tempo abrigou a antiga Fazenda Pernambucana, de propriedade da família do líder político - passa por uma grande obra para o benefício de toda a população de Arapiraca, sendo que, mesmo com as obras, diariamente, várias pessoas passam pelo local para observar os vários jacarés que vivem no riacho que corta a via.