WhatsApp foi hackeado? Entenda o caso que envolveu programa de espionagem

Por Tech tudo 08/02/2025 09h09
Por Tech tudo 08/02/2025 09h09
WhatsApp foi hackeado? Entenda o caso que envolveu programa de espionagem
Whatsapp - Foto: Reprodução

O WhatsApp denunciou, no fim de janeiro, que jornalistas e cidadãos de diversos países foram alvos de um ataque hacker por meio do programa de espionagem da Paragon Solutions. A Meta afirmou que a invasão às contas foi interrompida em dezembro de 2024, mas não sabe por quanto tempo essas pessoas foram espionadas. Além disso, a empresa declarou que os usuários afetados tiveram seus dados possivelmente comprometidos. Ainda não há informações sobre os responsáveis pelo ataque ou seus motivos. Desenvolvido em Israel, o software Paragon é comercializado pelo país para outros governos, incluindo os Estados Unidos.

Ao todo, 90 pessoas, entre jornalistas e ativistas civis de diversos países — incluindo os Estados Unidos —, foram vítimas do ataque, classificado pela Meta como "sofisticado". Segundo a big tech, o invasor utilizou o spyware Graphite e uma tática conhecida como "zero-click", na qual arquivos infectados são enviados para as vítimas e se instalam no dispositivo sem que o usuário precise clicar em algum link.

Reação do WhatsApp

Assim que tomou conhecimento dos ataques, o WhatsApp enviou uma carta de "cessar e desistir" para a Paragon. No documento, a Meta exigia expressamente que a empresa israelense interrompesse suas atividades de espionagem e afirmou estar tomando todas as medidas legais cabíveis.

"O WhatsApp interrompeu uma campanha de spyware da Paragon que tinha como alvo vários usuários, incluindo jornalistas e membros da sociedade civil. Entramos em contato diretamente com as pessoas que acreditamos terem sido afetadas. Este é o exemplo mais recente de por que as empresas de spyware devem ser responsabilizadas por suas ações ilegais. O WhatsApp continuará a proteger a capacidade das pessoas de se comunicarem de forma privada", declarou um porta-voz da Meta.