Polícia prende PM suspeito de dirigir carro usado na execução de delator do PCC no aeroporto

Por Redação com G1 18/01/2025 09h09
Por Redação com G1 18/01/2025 09h09
Polícia prende PM suspeito de dirigir carro usado na execução de delator do PCC no aeroporto
Montagem com a foto, à direita, do Tenente, e imagem da câmera do aeroporto no momento da execução de Gritzbach - Foto: Reprodução

A Polícia Civil prendeu neste sábado (18) um policial militar suspeito de ser o motorista do carro usado pelos atiradores na execução de Vinícius Gritzbach, delator do PCC, no Aeroporto Internacional de São Paulo no ano passado. Ao todo, já são 16 PMs presos por envolvimento no caso.

Gritzbach era acusado de envolvimento em esquemas de lavagem de dinheiro para a facção. Na delação premiada assinada com o Ministério Público, ele entregou o nome de pessoas ligadas ao PCC e também acusou policiais de corrupção.

O policial é um 1º tenente de 33 anos. Ele foi preso em Osasco, onde mora. A reportagem tenta localizar a defesa dele.

O PM foi levado para a sede do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) para prestar depoimento. Em seguida, será encaminhado ao Presídio Romão Gomes da Polícia Militar. A operação que levou à prisão do PM teve o apoio da Corregedoria da Polícia Militar.

Câmeras de segurança registraram o momento em que Gritzbach é executado a tiros no aeroporto.

Procurada, a Secretaria da Segurança Pública disse, em nota, que "as forças de segurança do estado são instituições legalistas e que nenhum desvio de conduta será tolerado. A força-tarefa criada para investigar o crime segue em diligências para identificar e punir todos os envolvidos".

A prisão dos outros 15 PMs aconteceu em uma operação na quinta-feira (16). Quatorze deles faziam a segurança pessoal de Gritzbach. Outro PM foi preso acusado de ser autor dos disparos. A polícia ainda não sabe se o suspeito de ser o atirador tem relação com o grupo que fazia parte da escolta.

Além dos policiais militares, foi preso na sexta-feira (17) um suspeito de ter ajudado o homem apontado como "olheiro" que avisou atiradores sobre a chegada de Gritzbach ao aeroporto e que segue foragido. Uma modelo apontada como namorada do olheiro também foi presa.

O cruzamento de diversas investigações sobre a facção, inclusive sobre a morte de Gritzbach, também levou à prisão de quatro policiais civis em dezembro. Depois, um quinto policial que estava foragido se entregou.