Arquiteto é morto a caminho de missa, na Zona Norte do Rio

Steve Maguerith Chaves do Nascimento, de 43 anos, foi morto após um disparo de arma de fogo na Penha, Zona Norte do Rio, neste domingo. O arquiteto estacionava o carro para ir à missa na Igreja de Nossa Senhora da Cabeça, por volta das 19h, quando dois homens numa moto se aproximaram. Steve deixou o carro que dirigia dar um solavanco em um trecho de rampa. Neste momento, o assaltante fez um disparo. O tiro acertou a cabeça da vítima, que não resistiu aos ferimentos e morreu.
— Ele era frequentador assíduo da igreja e ia estacionar o carro para ir assistir à missa. Agora, nem ir à igreja a gente pode ir mais. Ele virou estatística — disse um parente da vítima, em desabafo.
Pai de uma menina de 6 anos, o arquiteto planejava o aniversário da filha, no próximo dia 20. A festa estava planejada para no dia 21, e um salão já havia sido alugado para a realização do evento. Não houve tempo para comemorar.
— Ele estava super empolgado. Seria a primeira vez que a festa de aniversário da filha aconteceria num salão de festas — disse uma pessoa da família.
Steve Maguerith Chaves do Nascimento era membro da paróquia Nossa Senhora da Cabeça, na Penha, onde atuava na evangelização. O crime aconteceu às 18h58, dois minutos antes da missa das 19h, que o arquiteto pretendia participar. A cena foi flagrada por uma câmera de segurança. A gravação mostra um homem descendo da garupa de uma motocicleta, antes de fazer um disparo. O padre Eufrázio Morais chegou a também ouvir o tiro que tirou a vida do arquiteto.
— O Steve era paroquiano aqui da nossa igreja. A família dele é toda participante, são membros atuantes aqui na evangelização da comunidade. Ele todo domingo participava da missa, às 19 horas. Ontem (domingo), ele veio para a missa e quando estava estacionando o carro, ele foi abordado por uma moto com dois bandidos. O bandido da garupa rendeu, pediu para parar. Pelo que dá para olhar nas imagens da câmera de segurança, eu imagino que na hora, o carro deve ter dado um arranque, e aí o bandido, na agitação, deu um tiro, e fugiu com o outro — disse o padre.
Segundo o religioso, a região onde fica a igreja, na Penha, tem sido alvo de constante violência e há relatos de frequentadores assaltados a caminho do tempo.
— Não é esporádico (o que aconteceu). A gente está refém aqui. Lamentavelmente, é algo frequente aqui (a violência). Muitos são abordados vindo para a igreja, é um local de referência da comunidade. Mas, como também é uma área comercial, e a partir das 18 horas o comércio fecha, então fica muito mais deserto e a vulnerabilidade para esse tipo de fatalidade é muito grande. Então, diversas vezes aqui a gente está sofrendo. Tem inúmeros paroquianos que já foram assaltados aqui na porta da igreja. É recorrente. Enfim, é uma violência de um espiral sem fim. O efetivo policial aqui é muito ausente — disse o padre.
Uma missa de corpo presente está prevista para ser realizada, nesta terça-feira, às 12, com a presença de Dom Antônio Catelan, bispo auxiliar da Arquidiocese do Rio, na Igreja Nossa Senhora da Cabeça, na Penha. Já o sepultamento do arquiteto está previsto para ocorrer pouco depois, às 14h, no Cemitério da Ordem da Terceira Penitência, no Caju.
O caso é investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC). A especializada analisa imagens de câmeras de segurança para tentar identificar os dois homens suspeitos de participar da morte do arquiteto.
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