Ex-mulher de autor de atentado contra o STF morre 16 dias após ter incendiado a própria casa, em Santa Catarina

Por Redação 03/12/2024 14h02 - Atualizado em 03/12/2024 14h02
Por Redação 03/12/2024 14h02 Atualizado em 03/12/2024 14h02
Ex-mulher de autor de atentado contra o STF morre 16 dias após ter incendiado a própria casa, em Santa Catarina
Morre Daiane Dias - Foto: Divulgação

Daiane Dias, ex-mulher de Francisco Wanderley Luiz, conhecido como Tiü França, responsável pelo atentado contra o Supremo Tribunal Federal (STF), morreu na madrugada desta terça-feira, 03. Ela estava internada há 16 dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Tereza Ramos, em Lages, Santa Catarina, após sofrer queimaduras graves de 1°, 2° e 3° graus em um incêndio que, segundo a polícia, foi provocado intencionalmente por ela mesma.

A morte foi confirmada pela Secretaria de Saúde de Santa Catarina. Em nota, a direção do hospital informou que "a paciente faleceu na madrugada desta terça-feira, 3 de dezembro, devido a complicações no seu quadro de saúde. Prontamente, o óbito foi comunicado à família e acionada a Polícia Científica de Santa Catarina."

O incêndio aconteceu na manhã de domingo, 17 de novembro, na casa onde Daiane vivia em Rio do Sul, imóvel que anteriormente pertencia a Tiü França. Segundo a Polícia Civil, a mulher comprou um produto inflamável horas antes e ateou fogo na residência enquanto estava dentro. As investigações apontam que Daiane agiu sozinha, com indícios de intenção de tirar a própria vida.

"Obtivemos mais evidências, inclusive vídeos, de que ela agiu sozinha e permaneceu no imóvel no intuito de provocar o incêndio deliberadamente", declarou o delegado Juliano Bridi.

A perícia realizada no local recolheu itens como uma jaqueta supostamente utilizada por Daiane e outros materiais inflamáveis que auxiliaram no esclarecimento do caso.

Envolvimento com o ataque ao STF

Daiane foi ouvida pela Polícia Federal no dia 14 de novembro, um dia após o atentado realizado por Tiü França. Em depoimento, ela afirmou que Francisco tinha como objetivo “matar o ministro Alexandre de Moraes e quem mais estivesse junto na hora” do ataque.

O atentado ocorreu na noite de 13 de novembro, quando um veículo registrado no nome de Francisco explodiu no estacionamento anexo à Câmara dos Deputados, em frente ao STF. As explosões foram causadas por fogos de artifício e tijolos armazenados no porta-malas do carro, que estavam preparados para causar impacto. Francisco morreu no local.