As forças de segurança identificaram pelo menos oito bombas caseiras que estariam com Francisco Wanderley Luiz, homem que tentou atacar o prédio do Supremo Tribunal Federal (STF) na noite passada.

Ele, no entanto, não teria colocado explosivo na estátua da Justiça, que fica em frente ao Tribunal. Segundo relatos, o homem jogou um pano com combustível na obra. A suspeita é que ele queria colocar fogo no local. Naquele momento, ao ser abordado por um segurança, ele se afastou e gritou: “Sai daqui senão eu vou te explodir junto”.

Depois desse ato, Luiz lançou duas bombas em direção ao edifício-sede. Ele, então, deitou no chão e explodiu um terceiro artefato – que atingiu a região da sua cabeça.

No corpo dele, ainda foi encontrado um quarto explosivo, preso por uma fita adesiva. Houve um cuidado para que essa bomba não explodisse para preservar as provas que estavam no local, especialmente um aparelho celular que estava com o criminoso.

Outras três bombas foram encontradas em um trailer, que foi deixado pelo homem próximo ao STF. Já no carro que pegou fogo foram encontrados apenas fogos de artifício.

O oitavo artefato estava na casa alugada por ele em Ceilândia, onde foi encontrado um farto material explosivo. Luiz teria deixado armadilhas pelo local, na certeza de que o imóvel passaria por uma vistoria após o atentado. Um robô antibombas foi usado para acionar o explosivo e nenhum policial ficou ferido durante a operação.

Na casa, também foi encontrada uma mensagem escrita no espelho, que faz uma referência direta aos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. A frase cita o nome de Débora Rodrigues, mulher que pichou a estátua da Justiça durantes os atentados do ano passado. "Por favor, não desperdice batom! Isso é para deixar as mulheres bonitas. Estátua de merda se usa TNT", dizia o texto, referindo-se ao artefato explosivo.