Policiais militares são absolvidos em julgamento do caso Jonas Seixas
Teve início na quarta-feira (13) e foi até a madrugada da quinta (14), em Maceió, o júri popular dos policiais militares apontados como autores da morte do servente de pedreiro Jonas Seixas. Todos os réus foram absolvidos, pois o Conselho de Sentença observou falta de materialidade nas acusações.
Jonas Seixas foi abordado pelos policiais no dia 9 de outubro de 2020, na região da Grota do Cigano, em Maceió. Ele desapareceu e nunca teve o corpo encontrado.
A defesa alegou que os militares deixaram Jonas vivo no viaduto do bairro Jacarecica. Conforme a versão, ele não queria ser levado de volta para a Grota do Cigano, pois tinha medo de ser apontado como um informante.
De acordo com o inquérito que investigou o caso, ocorria uma operação na data e os militares realizaram a abordagem assim que deixaram a residência do servente de pedreiro. A informação de que buscas sem mandado foram realizadas na casa também foi rebatida pela defesa.
A Polícia Civil afirmou que nenhum material ilícito foi encontrado no imóvel ou com o homem, que teria sido levado em uma viatura até as proximidades de um motel no bairro Jacarecica, onde o inquérito diz que Jonas foi torturado e teve o corpo ocultado.
A denúncia do Ministério Público de Alagoas buscava a condenação dos réus pelos crimes de sequestro qualificado, tortura, homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver.