Única bailarina cadeirante de Alagoas, Bibi Amorim emociona no Caldeirão do Mion

Por Redação 09/11/2024 16h04 - Atualizado em 09/11/2024 16h04
Por Redação 09/11/2024 16h04 Atualizado em 09/11/2024 16h04
Única bailarina cadeirante de Alagoas, Bibi Amorim emociona no Caldeirão do Mion
Bibi Amorim no Mion - Foto: Divulgação

A bailarina Gabriela Amorim, de 27 anos, brilhou no quadro “Arte Transforma” do programa Caldeirão com Mion, exibido pela TV Globo na tarde deste sábado, 09. Conhecida como Bibi Amorim, Gabriela é a única bailarina cadeirante de Alagoas e sua apresentação no programa foi carregada de emoção e significado, inspirando o público com sua história de superação.

A participação de Bibi foi motivada por um vídeo que ela mesma publicou nas redes sociais, no qual expressava o desejo de estar no quadro que destaca artistas com deficiência. Em suas palavras no programa, Bibi falou sobre persistência: “Sonhos não são descartáveis. Por mais difíceis ou distantes que possam parecer, não desistam, porque tudo é possível”. Além de contar sua trajetória de vida, a bailarina emocionou o público com uma apresentação que ela descreveu como "a mais difícil e encantadora" de sua carreira.

No quadro, inspirado pelo filho de Marcos Mion, Romeo, o *Caldeirão* busca dar visibilidade a artistas com deficiência, mostrando talentos que superam estigmas e desafiam padrões. Além das cenas gravadas nos estúdios da Globo, a equipe do programa visitou Alagoas para registrar momentos de Bibi em locais simbólicos, como o Teatro Deodoro e a orla de Maceió. Sua participação representa um marco importante para a dança inclusiva no Brasil.

Uma História de Superação e Paixão pela Dança

Nascida com mielomeningocele, uma condição que a deixou paraplégica, Bibi nunca permitiu que a deficiência limitasse seus sonhos. Desde os 9 anos, quando assistiu a um espetáculo da academia de dança Jeane Rocha, onde viria a estudar, apaixonou-se pelo balé e decidiu que seguiria essa arte. Com o apoio incondicional da mãe, Gabriela deu início a sua trajetória e, desde então, usa a dança como meio de expressão e superação.

Além do balé, Bibi é uma voz ativa nas redes sociais, onde combate o capacitismo e compartilha sua história para inspirar outras pessoas a enfrentarem desafios. “Foi a realização de um sonho”, disse emocionada sobre a participação no programa. “Senti um orgulho de mim, pensei: ‘caramba, eu consegui, olha onde eu cheguei’”.