Corpo de criança arrastada por enxurrada é encontrado em rio, confirmam bombeiros

Por Redação com Terra 08/11/2024 20h08
Por Redação com Terra 08/11/2024 20h08
Corpo de criança arrastada por enxurrada é encontrado em rio, confirmam bombeiros
Bombeiros localizam corpo de menina de dois anos arrastada por correnteza no PR - Foto: Divulgação/Corpo de Bombeiros

O corpo de uma criança de dois anos, arrastada por uma forte enxurrada que invadiu uma casa em General Carneiro (PR), foi encontrado, sem vida, na manhã desta sexta-feira, 8, dois dias após o desaparecimento. A informação foi confirmada pelo Corpo de Bombeiros do Paraná.

Segundo a corporação, a vítima, identificada como Kimberly Valentina Camargo, de apenas dois anos, morava com a família em uma casa próxima a um rio. Na madrugada de quinta-feira, 7, uma forte enxurrada invadiu a residência e arrastou a criança enquanto ela dormia.

Os pais e duas irmãs de Kimberly conseguiram se salvar da força da água. Assim que o desaparecimento da menina foi notificado, os bombeiros iniciaram uma força-tarefa para localizá-la. Mais de 40 agentes participaram da operação, incluindo equipes do Grupo de Operações de Socorro Tático (GOST).

A corporação informou que o corpo da menina foi localizado logo no ínicio da manhã desta sexta, quando os bombeiros reiniciaram as buscas. A operação foi dificultada, ainda, por entulhos e regiões estreitas do rio, explicou a capitã Carla Adriano Prado Spak.

" Hoje de manhã, as buscas iniciaram no ponto zero, na proximidade do Rio Jangada, e logo após veio a notícia da confirmação de que a vítima havia sido encontrada", disse a capitã e subcomandante do 10º SGBI, que comandou a operação.

"Depois disso realizamos todo o amparo aos pais da criança. Mantivemos conversas constantes com eles ao longo de toda essa missão", complementou Carla. O local onde o corpo da menina foi encontrado acabou isolado para o trabalho da perícia, informaram os bombeiros.

Temporal deixa 270 desabrigados em cidade do PR

Além da morte de Kimberly, o temporal que atingiu a cidade de General Carneiro provocou uma série de estragos. No dia em que a menina desapareceu, o município teve o maior volume de chuvas do Paraná: foram 160,8 mm de chuva entre a noite de quarta e a manhã de quinta-feira, 7.

O valor, segundo o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), é maior que a média histórica do mês inteiro de novembro, estabelecida em 134 mm.

Na manhã desta sexta, a cidade tinha 270 desabrigados e desalojados, acompanhados por servidores da prefeitura e da Defesa Civil do Paraná. O governo paranaense prometeu, ainda, o envio de um caminhão com itens de ajuda humanitária.

Ao todo, 4 mil pessoas foram afetadas pelas chuvas na cidade, que teve a captação de água temporariamente comprometida, em decorrência de quedas de energia. Um caminhão-pipa chegou a ser enviado para garantir o abastecimento dos moradores.

Rua também foram danificadas pela força da água, com parte do asfalto destruído e desmoronamento de muros. Casos urgentes foram atendidos já na madrugada desta sexta.