Turista morre após mergulho em profundidade de 62 metros em Fernando de Noronha

Por Redação com G1 16/10/2024 20h08
Por Redação com G1 16/10/2024 20h08
Turista morre após mergulho em profundidade de 62 metros em Fernando de Noronha
Coverta Ipiranga está naufragada em Fernando de Noronha, a 62 metros de profundidade - Foto: Zaira Mateus/Divulgação

Um turista de 43 anos, que não teve o nome revelado, morreu em Fernando de Noronha, na terça (15), depois de realizar um mergulho autônomo, prática que é executada com apoio de cilindro. Os médicos diagnosticaram que o mergulhador teve doença descompressiva.

O visitante fez o mergulho na Corveta Ipiranga, local que conta com embarcação naufragada e está numa profundidade de 62 metros. Esse é um dos pontos de mergulho mais importantes de Noronha.

A informação da morte foi confirmada ao g1 em nota pela Administração da ilha. A reportagem apurou que o turista era de Belo Horizonte (MG).

“A Administração de Fernando de Noronha informa que o paciente era um turista, de 43 anos. Ele deu entrada na tarde de terça-feira (15), no Hospital São Lucas, trazido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), devido a sintomas respiratórios e rebaixamento de nível de consciência, após mergulho profundo de cilindro”, informou a nota.

A nota informou que foi indicada terapia hiperbárica, na qual o paciente respira oxigênio puro, sendo submetido a uma pressão duas ou três vezes superior à atmosférica.

“Após algumas horas do tratamento, o paciente apresentou melhora clínica dos sintomas, porém, posteriormente, evoluiu com parada cardiorrespiratória (PCR), não havendo sucesso após procedimentos de reanimação por cerca de 1 hora e 30 minutos”, afirmou a nota.

Doença descompressiva

A doença descompressiva é causada pelo excesso de nitrogênio ou outro gás usado na mistura respiratória, como o hélio (He), que é dissolvido nos tecidos do corpo humano quando a pessoa se encontra em condições hiperbáricas, ou seja, em ambientes onde a pressão do ar é maior que a atmosférica.

Esses gases, conhecidos como inertes, não interagem com o ambiente em condições normais de temperatura e pressão. A quantidade de nitrogênio (N2) ou de outros gases que se dissolvem nos tecidos aumenta proporcionalmente ao aumento da pressão ambiente.

O corpo do visitante foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML), no Recife, para verificação da causa da morte, nesta quarta-feira (16).