Homem tem pênis cortado pela companheira, que alega ter se defendido de violência doméstica; vítima diz que ela não aceitou término

Por Redação, com g1 03/09/2024 11h11 - Atualizado em 03/09/2024 11h11
Por Redação, com g1 03/09/2024 11h11 Atualizado em 03/09/2024 11h11
Homem tem pênis cortado pela companheira, que alega ter se defendido de violência doméstica; vítima diz que ela não aceitou término
Delegacia de Saquarema - Foto: Reprodução

Um homem de 36 anos teve o pênis cortado na madrugada de sábado (31) em Saquarema, na Região dos Lagos do Rio. De acordo com a Polícia Civil, enquanto era levado ao hospital, o homem contou que a companheira cometeu o crime por não aceitar o fim do relacionamento.

O homem foi encaminhado ao Hospital Municipal Porphírio Nunes, e, segundo a Secretaria Municipal de Saúde, chegou com um quadro de amputação total do órgão genital. Ainda segundo a Secretaria, não houve a reconstrução do órgão.

O paciente foi transferido para o Hospital Nossa Senhora de Nazareth, onde passou por cirurgia e segue internado com quadro de saúde estável.

Ainda segundo a polícia, a mulher fugiu do local do crime e só se apresentou na delegacia na tarde desta segunda-feira (2), na companhia do advogado.

À polícia, ela contou em depoimento que golpeou o companheiro com uma faca durante uma discussão. Ela alegou ter sido vítima de violência doméstica e que não sabia que parte do corpo teria atingido. Por ter saído do flagrante, após ser ouvida, foi liberada, mas a investigação continua.

Segundo a polícia, foi o enteado da vítima quem chamou o socorro após a agressão. Ele disse ter acordado com os gritos de dor do padrasto.

O caso foi registrado na 124ª Delegacia de Polícia como lesão corporal gravíssima devido à deformidade permanente. Segundo a polícia, a pena varia de dois a oito anos de reclusão.

A faca usada no crime não foi encontrada pela Polícia. A mulher alegou, ainda segundo a polícia, não saber onde deixou a arma do crime.

A Polícia Civil explicou que a mulher ainda não foi indiciada, pois depende de um laudo do perito do IML, que será liberado após analise dos dados contidos no boletim de atendimento médico da vítima.

A defesa da mulher, representada pelo advogado Tiago Camarinha, disse que ela vivia sob constante violência doméstica e está profundamente abalada.

"Ela compareceu voluntariamente à Delegacia de Polícia Civil, onde prestou todos os esclarecimentos necessários e se submeteu ao exame de corpo de delito. A defesa tem plena convicção de que a verdade será revelada ao longo das investigações. Seguimos à disposição das autoridades, confiantes de que a justiça será aplicada de forma justa e adequada", disse a defesa, em nota.