Três suspeitos de feminicídios irão a júri popular no mês de agosto, em Maceió

Por Redação com Ascom MPE/AL 31/07/2024 08h08
Por Redação com Ascom MPE/AL 31/07/2024 08h08
Três suspeitos de feminicídios irão a júri popular no mês de agosto, em Maceió
Júri popular - Foto: Reprodução

Em agosto, será realizado em Maceió o julgamento de três casos de feminicídio. O primeiro, marcado para o dia 06 de agosto, o segundo caso ocorre no dia 09; e, o último, no dia 22 de agosto.


O primeiro caso trata-se de um crime que tirou a vida de Maria Aparecida da Silva Bezerra, morta no bairro Antares, Maceió, no dia 21 de julho de 2022. O marido da vítima foi denunciado pelo Ministério Público de Alagoas (MPAL) por homicídio qualificado por motivo torpe, meio cruel e crime praticado pela condição de sexo feminino.

De acordo com o promotor de Justiça Antônio Vilas Boas, Maria Aparecida e o marido tinham um relacionamento conturbado e marcado pelo ciúme extremo do réu, que chegava a monitorar a sua esposa por meio de câmeras de vigilância, instaladas na residência do casal.

No dia do crime, Maria Aparecida foi encontrada morta em sua casa com marcas de facada no corpo. Já o denunciado tinha um ferimento em seu pescoço por conta de uma tentativa de suicídio após supostamente ter assassinado a vítima.

Caso Rafaela Emidio

O segundo caso trata-se de um crime que vitimou Rafaela Emidio de Souza, morta no Vergel do Lago, também na capital alagoana, no dia 16 de maio de 2022. O réu era companheiro da vítima e está sendo denunciado pelo MPAL por homicídio qualificado por uso de meio cruel e pelo crime ter sido praticado contra mulher em razão do seu sexo feminino.

De acordo com o laudo cadavérico, a vítima morreu por asfixia por esganadura, o que contraria a versão dada pelo acusado quando ele levou a ex-companheira a uma Unidade de Pronto Atendimento para ser atendida. Aos profissionais da saúde, ele informou que Rafaela teria ingerido bebida alcoólica de modo exagerado e, por isso, teria sofrido um mal súbito.

A investigação aponta que, na madrugada do dia 16 de maio, os vizinhos ouviram gritos de socorro vindos da casa de Rafaela, que vivia um relacionamento conturbado. Há notícia, inclusive, de que o acusado agredia a vítima fisicamente.

Caso Alberta Barbosa

Por fim, o último caso trata-se do assassinato de Alberta Barbosa da Silva, crime que ocorreu próximo à capelinha do Jaraguá, no dia 21 de outubro de 2022. O Ministério Público denunciou o ex-companheiro da vítima, conhecido como “Picolé”, por homicídio qualificado por motivo torpe, uso de meio cruel e pelo crime ter sido praticado contra mulher por razões da condição de sexo feminino.

O promotor de Justiça Vilas Boas relembra que, no dia do crime, por volta de 19h30, os dois consumiam bebida alcoólica à beira da praia, quando se desentenderam por conta de um dinheiro que eles tinham recebido em decorrência da venda de peixes, tendo em vista que os dois eram donos de uma banquinha que funcionava no Jaraguá.

Em um primeiro momento, eles chegaram a se agredir fisicamente, mas pescadores que estavam no local conseguiram separar o casal. Pouco tempo depois, houve uma nova agressão, quando o réu atingiu a vítima na cabeça com um pedaço de madeira. Uma testemunha chegou a intervir para que o homem não agredisse mais a companheira, mas ela não resistiu aos ferimentos e morreu no local.