Biden anuncia desistência da reeleição e Democratas buscam novo candidato

Por Redação com Agências 21/07/2024 15h03 - Atualizado em 21/07/2024 15h03
Por Redação com Agências 21/07/2024 15h03 Atualizado em 21/07/2024 15h03
Biden anuncia desistência da reeleição e Democratas buscam novo candidato
Biden - Foto: Reprodução

Neste domingo (21), o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou uma decisão histórica: ele não buscará a reeleição em 2024. Em um comunicado emocionado, Biden afirmou que dedicará seus esforços exclusivamente ao cumprimento de seu mandato até janeiro de 2025.

"Servir como presidente tem sido a maior honra da minha vida. Embora tenha planejado buscar a reeleição, após reflexão cuidadosa, decidi que é do melhor interesse do meu partido e do país que eu me retire da corrida presidencial", declarou Biden.

A decisão vem após semanas de pressão crescente dentro do Partido Democrata e da opinião pública, exacerbada por uma série de desafios na campanha de Biden. O presidente enfrentou críticas sobre sua performance em debates, com questionamentos persistentes sobre sua capacidade cognitiva e física. A crise se intensificou após um debate desfavorável contra o ex-presidente Donald Trump no final de junho, no qual Biden foi criticado por sua voz rouca e hesitações.

Nos bastidores, líderes democratas proeminentes como o ex-presidente Barack Obama e a ex-líder da Câmara Nancy Pelosi expressaram preocupações sobre as perspectivas de Biden na eleição. Segundo fontes próximas, Pelosi teria avisado a Biden que suas chances de vitória eram remotas, enquanto Obama demonstrou reservas em relação à sua capacidade de enfrentar o desafiante republicano.

A decisão de Biden foi precipitada pelo diagnóstico de Covid-19 na semana passada, que o forçou a suspender eventos de campanha e refletir profundamente sobre seu futuro político. A partir de agora, o foco do Partido Democrata se volta para a identificação de um novo candidato que possa enfrentar Trump nas eleições de novembro.

Ainda não está claro quem será o escolhido para representar os democratas, mas especula-se que o partido se reunirá na Convenção Nacional Democrata em agosto para formalizar a nova candidatura. A busca por um líder capaz de unir o partido e enfrentar os desafios de uma campanha eleitoral cada vez mais polarizada começa agora, enquanto Biden se compromete a encerrar seu mandato com dedicação e vigor renovados.

Veja o comunicado na íntegra:

Meus companheiros americanos,

Hoje, a América possui a economia mais forte do mundo. Fizemos investimentos históricos em nossa saúde pública e, em três anos e meio, progredimos muito como nação. Durante os últimos três anos e meio de minha administração, modernizamos nossa infraestrutura como nunca antes. Também lideramos uma incrível revolução em serviços e tecnologia. Um milhão de carros elétricos estão sendo vendidos anualmente para famílias americanas. No ano passado, admitimos o Vietnã para liderar a América na dominação da região do Pacífico, juntamente com o Japão. Para solidificar esses esforços, gostaria de agradecer a todos vocês. O povo americano tem sido fundamental para o nosso sucesso nos últimos anos. Quero reafirmar que vencemos porque buscamos metas essenciais para fortalecer nosso futuro coletivo: serviço aos outros, sacrifício pelos outros e amor mútuo. Faz uma semana desde que retornei de minha bem-sucedida visita ao Primeiro-Ministro Johnson. Honramos minha promessa de servir como enviado do seu Presidente desde minha posse, há três anos. No exterior, em nome de nossa nação, cumpri as promessas de ajuda econômica enquanto desenvolvemos uma economia ainda maior aqui em casa.

Gostaria de aprofundar esse momento muito gratificante antes de prosseguir. Muitos mais virão até mim em busca de conselhos ou apenas para conversar sobre como estão se saindo.

Por enquanto, expresso minha mais profunda gratidão a todos os que trabalharam tão duro para me reeleger, desde aqueles que desejam apenas o bem em todos os detalhes, grandes ou modestos.

Aguardo muitos mais sucessos, fazendo história como um parceiro extraordinário em todas as coisas de grande escala que tocam fundamentalmente as pessoas em qualquer horizonte que ainda esteja à nossa frente.

Juntos, devemos lembrar: não há nada que a América não possa fazer.