IML revela detalhes da causa da morte de menina assassinada supostamente pela mãe, em Rio Largo
O Instituto Médico Legal de Maceió informou, na manhã desta segunda-feira, 08, a causa da morte da menina Laura Maria Nascimento Braga, de 7 anos, que foi assassinada na cidade de Rio Largo. A suspeita do crime é a mãe da criança.
Segundo o exame de necropsia, Laura Maria morreu em decorrência de choque hemorrágico, devido aos golpes de arma branca sofridos. Mas, segundo a necropsia, no corpo da menina não há sinais evidentes de violência sexual.
Joelson Rodrigues, perito médico-legista responsável pelo exame cadavérico, explicou que durante a análise no corpo da criança foram constatadas lesões perfuro-cortantes nas regiões cervical, torácica e da cabeça. Também foram encontradas equimoses provocadas por lesões contusas na região da face, cabeça, pescoço e no flanco esquerdo do corpo da menina.
“A menina veio a óbito devido ao choque hemorrágico, decorrente dos ferimentos no tórax provocado por um instrumento perfuro-cortante, tipo arma branca. No exame não foi constatado sinais evidentes de violência sexual na criança”, explicou Joelson Rodrigues.
Sobre o crime:
O crime aconteceu no interior da residência da família, na rua do Sol, próximo à Praça do Galo, no Centro de Rio Largo. Familiares e vizinhos escutaram os pedidos de socorro da criança e conseguiram entrar no imóvel, onde encontraram a menina ferida e ensanguentada. Uma tia socorreu a criança até um hospital da cidade, mas a menina não resistiu aos ferimentos e entrou em óbito na unidade hospitalar.
Perícia no local do crime
Os peritos criminais Yuri Atayde e Marina Lacerda Mazanek, responsáveis pela perícia de local crime, explicaram que inicialmente estiveram no hospital onde o corpo da criança estava. Em seguida, a equipe do Instituto de Criminalística de Maceió foi para a residência onde aconteceu o fato, mas que devido à necessidade de tentar salvar a vítima, o local precisou ser violado, alterando a cena do crime.
“Encontramos sangue em todos os cômodos, as marcas de gotejamento que poderiam determinar uma dinâmica estavam pisadas. A maior concentração de sangue estava no banheiro e na cama da menina. Mas, também identificamos gotejamento de sangue na cozinha, sala, manchas de contato na parede e até nas frutas da fruteira. Quem tentou socorrer também se sujou de sangue e terminou sujando outras partes da casa”, disseram os peritos criminais.
A faca usada no crime foi apreendida pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa da Capital e depois deverá ser encaminhada para perícia. O corpo de Laura Maria foi liberado pelo Instituto Médico Legal Estácio de Lima na noite do último sábado (6).