Cadela de 5 anos morre em transporte terrestre e família recebe o corpo em isopor

Por Redação com Terra 05/07/2024 21h09
Por Redação com Terra 05/07/2024 21h09
Cadela de 5 anos morre em transporte terrestre e família recebe o corpo em isopor
Tutores da golden retriever Gaia acusam a empresa responsável pelo traslado, a Moovipet, de negligência - Foto: Reprodução/Redes Sociais

Uma cachorra de 5 anos chamada Gaia morreu enquanto era transportada de São Luís para São Paulo, em 28 de junho. A família do animal, que optou pelo transporte terrestre por receios de que ela pudesse morrer durante uma viagem aérea, como ocorreu com o cão Joca, acusa a empresa responsável pelo traslado de negligência.

Os tutores contrataram os serviços da Moovipet, que faz o transporte terrestre de animais. Gaia embarcou no dia 26 de junho em uma viagem que iria percorrer 11 estados. No dia seguinte, o rastreador indicava que a van que levava a golden retriever estava parada. A família tentou contato com a empresa, mas não obteve retorno.

Na manhã de 28 de junho, eles foram informados de que o veículo havia quebrado ainda no Pará. A tutora, então, questionou se os animais seriam retirados do carro para não sofrerem de hipertemia. Um funcionário assegurou que essa medida seria tomada. Horas depois, a família foi informada que Gaia faleceu.

"A empresa não soube explicar o que aconteceu, não deram nenhum detalhe sobre sua morte, muito menos atestado de óbito ou prontuário de atendimento em clínica veterinária. Para piorar, relutaram em enviar o corpo dela, sugerindo incinerá-lo ou até mesmo descartar pela estrada. Só Deus sabe como", diz o relato dos tutores em uma rede social.

Após muita insistência, a empresa aceitou enviar o corpo de Gaia de volta para São Luís, no dia 30 de junho,"em um carro de aplicativo e dentro de um isopor muito mal refrigerado, embalado num saco preto. Foi um choque total! Nos recusamos a receber o corpo nessas condições. Registramos um BO [Boletim de Ocorrência] e conseguimos que uma clínica veterinária em São Luís mantivesse o corpo sob refrigeração até o dia 01/07, quando o levamos à UEMA [Universidade Estadual do Maranhão] para autópsia. Até agora, a empresa não nos enviou nenhuma documentação, fotos ou vídeos da Gaia, nem tampouco atestado de óbito, inclusive tentaram conseguir esse atestado até com a clínica de São Luís que ficou com ela sob refrigeração. Total absurdo!", desabafou.

A Polícia Civil do Maranhão vai investigar o caso.

Os tutores de Gaia iniciaram uma campanha pelas redes sociais pedindo justiça pela cachorra.

Entre os comentários, eles passaram receber outros relatos de tutores que também tiveram os seus pets mortos em viagem com a Moovipet.

O Terra tentou contato com a Moovipet, mas não obteve retorno. O espaço segue aberto.