Cerca de 200kg de queijo coalho são apreendidos em fábrica clandestina em Craíbas

Por Redação 02/05/2024 08h08
Por Redação 02/05/2024 08h08
Cerca de 200kg de queijo coalho são apreendidos em fábrica clandestina em Craíbas
FPI do Rio São Francisco flagrou produção clandestina de queijo coalho - Foto: Cortesia

Aproximadamente 200kg de queijo coalho foram apreendidos em uma fábrica clandestina na Zona Rural de Craíbas, Agreste de Alagoas, na terça-feira (30). A ação foi realizada pela equipe da Fiscalização Preventiva Integrada da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (FPI do Rio São Francisco), que é formada por diversos órgãos e pelas polícias Rodoviária Federal (PRF) e Ambiental (BPA).

De acordo com a FPI do Rio São Francisco, o local em que o queijo coalho era produzido tinha instalações precárias, paredes e teto tomados por mofo, equipamentos enferrujados, panos sujos e presença de moscas.

A fábrica clandestina funcionava sem a licença ambiental do Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA), sem a autorização da Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas (Adeal) para produção e comercialização dos produtos, além de ausência de acompanhamento de um profissional registrado no Conselho Regional de Medicina Veterinária de Alagoas (CRMV/AL).

"A proprietária da residência chegou a alegar que a produção de queijo era para consumo próprio, mas acabou desmentida com o flagrante de cerca de 60 quilos de queijo num freezer localizado na residência da família. De acordo com a coordenação da equipe, a estrutura encontrada na fábrica de laticínios permite a produção de uma tonelada de queijos por mês", destaca a FPI.

O consumo de queijos produzidos com leite não pasteurizado pode trazer diversos riscos à saúde da população, que pode ser acometida pelas Doenças Transmitidas por Alimentos (DTAs) como listeriose, tuberculose, febre tifoide, difteria e infecções por salmonella e campilobacteriose.

“Essas bactérias podem prejudicar a saúde de qualquer pessoa que consuma o leite cru e seus derivados. No entanto, vale destacar que elas podem ser extremamente perigosas para pessoas com alterações em seu sistema imunológico. Refiro-me a pacientes transplantados e indivíduos portadores de doenças crônicas, assim como crianças, idosos e gestantes”, aponta a coordenação da equipe de Produtos de Origem Animal.

Além disso, fábricas em situação irregular podem trazer riscos ao meio ambiente, por conta do lançamento de efluentes contaminadores na natureza, assim como concorrência desleal com estabelecimentos legalizados.

O proprietário da queijaria recebeu auto de infração que pode ser convertido em multa. Ele também deve ser apresentar à Justiça, pois responderá por crime ambiental.