Sobrinha de "tio Paulo" passa a ser investigada por homicídio culposo

Por redação com Terra 30/04/2024 21h09 - Atualizado em 01/05/2024 06h06
Por redação com Terra 30/04/2024 21h09 Atualizado em 01/05/2024 06h06
Sobrinha de 'tio Paulo' passa a ser investigada por homicídio culposo
Cadáver levado a banco - Foto: Reprodução

A sobrinha de Paulo Roberto Braga, 68, passou agora a ser investigada também pelo crime de homicídio culposo, a pedido do delegado Fabio Luiz Souza, da 34ª DP (Bangu). A mulher está presa desde o último dia 16, quando foi flagrada acompanhada do tio já morto enquanto tentava assinar um empréstimo em nome do idoso em uma agência no Rio de Janeiro.

No despacho em que inclui a investigação do homicídio culposo, o delegado acredita que houve "gritante omissão de socorro" por parte de Érika.

"Considerando que no dia 16/4/2024, certamente percebendo que Paulo estava em situação gritante de perigo de vida, o que pode ser vislumbrado pelas declarações de todas as testemunhas que tiveram contato com a vítima, ao invés de ir novamente ao hospital, ela se dirigiu ao shopping, configurando uma gritante omissão de socorro, determino; proceda-se a novo registro de ocorrência para apurar o delito de homicídio culposo", diz o delegado no documento, que foi obtido pela TV Globo.

Ao Terra, a advogada que defende Érika, enviou uma nota em que diz ter tomado conhecimento pelos autos da nova tipificação penal incluída pelo delegado no processo. A defesa reafirma que a mulher não atuava profissionalmente como cuidadora de Paulo Roberto.

"As testemunhas que relatam em sede policial dizem do cuidado que ela tinha pelo Sr. Paulo ao acompanhá-lo, não que a mesma era cuidadora. E tais testemunhas são pessoas completamente afastadas do vínculo familiar, sendo pessoas estranhas à relação familiar. Portanto, a defesa, em momento oportuno, estará contestando e refutando tal capitulação", diz a defesa.

Érika já é investigada por vilipêndio de cadáver e tentativa de furto mediante fraude. Em recente entrevista à TV Globo, familiares da mulher disseram que ela tem laudos psiquiátricos, que pediam a sua internação por "alucinações auditivas" e "dependência de medicamentos".